O
JANGADEIRO
jangadas
amarelas, azuis, brancas,
logo
invadem o verde mar bravio,
o
mesmo que Iracema, em arrepio,
sentiu
banhar de sonho as suas ancas.
Que
importa a lenda, ao longe, na história,
se
elas cruzam, ligeiras, nesse instante,
o
horizonte esticado da memória,
tornando
o que se vê muito incessante?
As
velas vão e voltam, incontidas,
sobre
as ondas (do tempo). O jangadeiro
repete
antigos gestos de outras vidas
feitas
de sal e sonho verdadeiro.
Qual
Ulisses, buscando, repentino,
a
sua ilha, o seu rosto e o seu destino.
Adriano
Espínola
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Um comentário:
Que lindo e eu estou nesse clima, jangadas, mar, céu lindão! Eta beleza! abração,chica
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