quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O jangadeiro.

O JANGADEIRO


jangadas amarelas, azuis, brancas,
logo invadem o verde mar bravio,
o mesmo que Iracema, em arrepio,
sentiu banhar de sonho as suas ancas.
Que importa a lenda, ao longe, na história,
se elas cruzam, ligeiras, nesse instante,
o horizonte esticado da memória,
tornando o que se vê muito incessante?
As velas vão e voltam, incontidas,
sobre as ondas (do tempo). O jangadeiro
repete antigos gestos de outras vidas
feitas de sal e sonho verdadeiro.
Qual Ulisses, buscando, repentino,
a sua ilha, o seu rosto e o seu destino.

Adriano Espínola

Leia mais um belo poema e a biografia do autor aqui:

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Um comentário:

chica disse...

Que lindo e eu estou nesse clima, jangadas, mar, céu lindão! Eta beleza! abração,chica