PAISAGEM
Dorme
sob o silêncio o parque. Com descanso,
Aos
haustos, aspirando o finíssimo extrato
Que
evapora a verdura e que deleita o olfato,
Pelas
alas sem fim das árvores avanço.
Ao
fundo do pomar, entre as folhas, abstrato
Em
cismas, tristemente, um alvíssimo ganso
Escorrega
de manso, escorrega de manso
Pelo
claro cristal do límpido regato.
Nenhuma
ave sequer sobre a macia alfombra
Pousa.
Tudo deserto. Aos poucos escurece
A
campina, a rechã sob a noturna sombra.
E
enquanto o ganso vai, abstrato em cismas, pelas
Selvas
adentro entrando, a noite desce, desce...
E
espalham-se no céu camândulas de estrelas...
Francisca
Júlia
Leia mais um belo soneto e a biografia da autora aqui:
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4 comentários:
Belíssimo descrever da autora
na bela paisagem faz o canto
a noite que se deita sobre o dia,
como se dela fosse o manto...
E tão logo a noite finda,
a aurora desnuda se levanta
se entrega em ave maria,
em sua silhueta Santa...
Sabe Furtado, estava mesmo a sentir
saudades de toda a beleza poética
que por aqui apresentavas, pois que eras tu que me presenteou de todo os conceitos, poetas outros que jamais imaginava...
E tudo o que posso é somente agradecer...
Fim de semana de paz
e saúde a você e os teus...
Livinha
Sempre trazendo maravilhas . Vim agradecer o carinho com Santiago por lá e nunca és intruso. Uma honra te ter lá! abraços,chica
Mas quanto lirismo nessa poesia!Muito lindo mesmo!Fiquei feliz que gostou de participar do Recanto!bjs e boa sexta1
Fiquei muito feliz de conhecer mais
uma poetisa e gostei imenso.
Desejo que esteja bem.
Bj.
Irene Alves
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