MODINHA DO EMPREGADO DE BANCO
Eu sou triste como um prático de farmácia,
sou quase tão triste como o homem que usa costeletas.
Passo o dia inteiro pensando nuns carinhos de mulher
mas só ouço o tectec das máquinas de escrever.
Lá fora chove e a estátua de Floriano fica linda.
Quantas meninas pela vida afora!
E eu alinhando no papel a fortuna dos outros.
Se eu tivesse esses contos punha a andar
a roda da imaginação nos caminhos do mundo.
E os fregueses do Banco
que não fazem nada com esses contos!
Chocam outros contos para não fazerem nada com eles.
Também se o Diretor tivesse a minha imaginação
o Banco já não existiria mais
e eu estaria noutro lugar.
Murilo Mendes.
(1901-1975)
8 comentários:
"No fim tu hás de ver que as
coisas mais leves são as
únicas que o vento
não conseguiu levar:
um estribilho antigo,
um carinho no momento preciso,
o folhear de um livro de poemas,
o cheiro que tinha um dia
o próprio vento"
(Mário Quintana)
Desejo um lindo final de semana com muito amor, paz e carinho.
Abraços com todo meu carinho.
Lindo poema! Vim deixar um abraço e desejar tudo de bom,chica
Adorei o poema! Uma pitada de humor ilumina todo e qualquer cotidiano, por mais massacrante que seja a rotina.
Tenha um bom dia, meu amigo!
Delícia de poema, você sabe escolher o melhor sempre!
Bom fim de semana para ti...
Beijos confessos...
Muito engraçado esse poema!
Bjs.
Legal o poema Furtado rs.
Aproveitando pra te desejar um mega FDS.
abraço.
Isso que chamo de autoestima pra cima, acreditando em si mesmo e mais nada...
Ah se eu pudesse, quantas coisas não haveria de alcançar na minha capacidade de ser...
Brilhante poema e eu adorei!
Um lindo fim de semana pra ti e os teus meu amigo
Bjss
Olá amigo......criatividade no seu poema.......muito bommmmmmmm.
Bom FDS.........Beijos prá ti
M@ria
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