DESCOBRIMENTO
Abancado à escrivaninha em São Paulo
Na minha casa da Rua Lopes Chaves
De supetão senti um frúme por dentro.Fiquei trêmulo, muito comovido
Com o livro palerma olhando pra mim.
Não vê que me lembrei que lá do norte, meu Deus! muito longe de mim.
Na escuridão ativa da noite que caiu
Um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos olhos,
Depois de fazer uma pele com a borracha do dia,
Faz pouco se deitou, está dormindo.
Esse homem é brasileiro que nem eu.
Mário de Andrade.
(1893-1945)
7 comentários:
Estudo muito Mario de Andrade. Leio sempre sobre seu trabalho com as modinhas brasileiras do seculo XVIII.
Bjs.
Simplesmente belissimo...abraços e bom dia pra ti.
Querido, hj eu vim te deixar o melhor de mim, o meu carinho... há dias que eu sinto uma paz imensa e uma vontade de sentir saudades de alguém, não sei se entendes, mas preciso desse sentimento para dar sentido aos meus escritos, sem eles parace que fico oca.
É isso...um beijo doce pra ti Furtado.
Belissimo e bela homenagem.
Beijus prá ti querido.
I am sorry I must use English to tell you I have enjoyed your posts. (Thank you Google translate!)
Sunshine Coast Daily Photo - Australia
Lembranças...
tempos passageiros....
Lindo poema
Bjss
Fantástico, Mário de Andrade. Nosso poeta paulistano que tão bem descreveu nossa cidade.
Lindas poesias!O Blog é lindo!!!
Beijosss
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