PRÓXIMO
TROUXA
Inexplicavelmente
partiste, e nada me disseste,
E em
busca de um real motivo, pensativo fiquei.
Se
sempre tiveste tudo aquilo que tanto quiseste,
Daí,
o porquê me pergunto: em qual parte pequei?
Aos
poucos chegaste com belas juras de amor,
Com
infindos afagos, beijos há todo momento.
E na
minha demência, envolvido com teu ardor,
Não
percebia que tudo, não passava de fingimento.
Somente
agora, com esse teu vil procedimento,
Descobri
a tua farsa, bem como, a tua leviandade.
Mas,
antes tarde do que nunca, é o meu alento,
Pois
somente tu perdeste com essa tua falsidade.
Que
DEUS tenha piedade de ti, mísera mundana,
Por
quereres levar esta vida de vilanagem, frouxa.
Cuidado!
Porque na esquina de qualquer via urbana,
Poderás
te dar mal, engasgares com o próximo trouxa.
R.S.
Furtado