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sábado, 3 de agosto de 2013

Crisantemas.


 

CRISANTEMAS

Tão longe do Fúsi-no-Yama,
No nosso outono, as exiladas
Crisantemas da terra em chama,
Florescem em tardes geladas.

Do seu canto natal de flama
Ainda mal desacostumadas,
Florescem em tardes geladas,
Tão longe do Fúsi-no-Yama!

E uma noite negra de lama,
As que viam noites doiradas,
Caem nas charcas, desfolhadas...
Longe de tudo o que se chama,
Tão longe do Fúsi-no-Yama!

Alberto Osório de Castro


Escritor e político português nascido a 1 de março de 1868, em Coimbra, e falecido em 1946, em Lisboa. Licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, onde ganhou interesse pela literatura, tendo colaborado na revista Boémia Nova, juntamente com António Nobre, e pertencido ao movimento do decadentismo-simbolismo. Foi amigo de Camilo Pessanha, que o influenciou na sua poesia, repleta de referências ao exotismo orientalista. Fundou o jornal político Novo Tempo, que publicou os primeiros poemas de Camilo Pessanha. Como magistrado, viajou pelo oriente – daí a infuência oriental na sua poesia – e ocupou cargos em Angola, Timor e Índia. Veio a ser Ministro da Justiça no governo de Sidónio Pais.

Da sua obra literária fazem parte: Exiladas (1846), A Cinza dos Mirtos (1907), O Sinal da Sombra (1923), A Ilha Verde e Vermelha de Timor (1943) e Cristais de Neve.

Fonte: Infopédia 

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