CONFORMAÇÃO
Casinha
de porta e janela,
Bem
no alto da favela,
De
frente à uma vista bela,
É
um ninho de felicidade.
Vislumbrando
a natureza,
Irmanados
com a pobreza,
Seres
vivem com destreza
E
muito amor, sem maldade.
Vou
começar com o Maneca,
Menino
muito sapeca,
Meio
levado da breca,
Mas
tem um bom coração.
Lá
na rua a meninada,
Como
sempre espalhada,
Feliz
e bem animada,
Tem
por ele adoração.
Rosita
é a sua irmãzinha,
Menina
bem bonitinha,
Um
mimo de garotinha,
Está
sempre lendo a lição.
Pretende
tudo aprender,
Para
quando ela crescer,
De
tudo um pouco saber,
E
ter uma boa educação.
Dona
Chica, a genitora,
Muito
atenta e protetora,
Ordeira
e fiel batalhadora,
De
educar, nunca abriu mão.
Sempre
com muito carinho,
Ensinou-lhes
tudo certinho,
Pois
ditar-lhes o bom caminho,
Para
ela, era a grande questão.
Seu
Joca, um pai bem zeloso,
Dos
filhos, bastante orgulhoso,
Às
vezes, pomposo, vaidoso,
Por,
dos filhos, não se envergonhar.
Batalha
sem mágoa ou quizília
Alerta,
sempre em vigília,
Para
nunca, jamais à família,
Um
pedaço de pão lhe faltar.
E
assim, o tempo logo vai passando,
Por
dias melhores, todos esperando,
Consolados,
nas noites, vão sonhando,
Que
o bom dia chegue, se faça presente.
Na
espera de grandes mudanças,
Assim
como, dos dias de bonanças
E
imbuídos de fé e grandes esperanças,
Vão
vivendo como o bom DEUS consente.
R.S.
Furtado