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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

À esposa.


À ESPOSA 

Se lá na eterna glória a que voaste, 
A lembrança do mundo se consente, 
Aceita, alma piedosa, a dor pungente 
De tudo quanto aqui idolatraste: 

O esposo, a filha, os filhos que deixaste, 
Em mágoas e saudade permanente, 
Vivem na terra vida descontente 
Desde que as corpóreas vestes tu largaste. 

Ao seio de Deus, tornas radiante 
De virtude e bondade, qual saíste 
Imaculada de nascer no instante: 

A nos queixosos neste vale triste 
Volve-te como foste sempre amante, 
Porque entre nos só amargura existe! 

Francisco Sotero dos Reis 


Francisco Sotero dos Reis (São Luís do Maranhão, 22 de abril de 1800 — 10 de março de 1871) foi um jornalista, poeta e escritor brasileiro do século XIX. Deu lume a uma obra estritamente vinculada a assuntos filológicos; suas incursões temáticas sobre a realidade regional também decorreram num contexto de lutas políticas acirradas e instituintes do jovem Estado Nacional e de uma província inicialmente refratária às proposições separatistas do Brasil. Traduziu no século XIX, o livro COMENTARI DE BELLO GALLICO de Júlio César do latim para o português e este foi o primeiro livro traduzido diretamente do latim para o português, que nossos estudantes puderam ler, porque antes os livros eram traduzidos do latim ao francês e depois para o português. 

Fonte: http://www.skoob.com.br/

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