segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Stela.

 
 

STELA

Queres que te ame! Sim! Muito hei de amar-te,
Mas com sinceridade e com brandura.
Pouca vida me resta para dar-te,
Serás talvez minha última desventura.

Amar-te eu já não posso com loucura,
Porque tarde demais pude encontrar-te;
Mas minha alma tristonha com ternura,
Em meus versos muito há de decantar-te.

Se eu te encontrasse na passada idade,
Daria então aos teus dezesseis anos,
Todo o vigor da minha mocidade.

Sou crepúsculo Stela! E tu és aurora!
Quisera eu ter ainda, tão insanos,
Beijos que tive, para dar-te agora. 

R.S. Furtado 

19 comentários:

chica disse...

Poema lindo e a consciência de que o tempo passou...abração, linda semana! chica

Carmen Lúcia.Prazer de Escrever disse...

Oi Rosemildo,relembrar um amor da juventude é muito bom,pois havia muita inocência.
Adorei ler essa poesia dedicada para Stela.
Bjs e uma ótima semana.
Carmen Lúcia.

Laura Santos disse...

Que belo!
Um certo desalento realista de um poético crepúsculo e de uma aurora com nome de Stela, que parecem ter-se encontrado em tempos de vida "errados".
Sabedoria e emoção traduzidas tão poeticamente num soneto de excelência.
Adorei, Furtado.
xx

MARILENE disse...

É sempre tempo de amor. Se o julgamos pouco, voltando aos dias já vividos, mesmo assim será ele imenso, no sabor da maturidade. Muito belos seus versos! Abraço.

Vera Lúcia disse...


Lindo, Furtado! Lindo mesmo!
Um soneto terno e cheio de encanto.
Mais vale encontrar um amor numa estação mais adiantada da vida do que nunca ter a oportunidade de vivê-lo. Um amor correspondido pode muito bem ser vivido sem a loucura da paixão. Sinceridade e brandura traduzem uma forma doce de amar e de ser amado. Se bem que não deixa de ser melancólico encontrar um amor numa fase crepuscular quando este amor ainda "é aurora".

Obrigada pelas amáveis palavras lá no meu recanto.

Abraço.

Edum@nes disse...

Tenha muito a amor para dar à Stela,
sempre e a toda a hora com ternura
apaixonado pelos lindos olhos dela
seja longa a sua vida nessa aventura!

Boa noite amigo Furtado e muita saúde e alegria, um abraço,
Eduardo.

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Um belo poema amigo Rosemildo o amor no encontro de gerações diferentes.
Um abraço e continuação de uma boa semana.

CÉU disse...

A poesia traduz quase sempre estados de alma, quotidiano, realidades. Seu soneto Rosemildo é, nem mais nem menos, que uma "cena" do dia a dia. Quantos homens desejando o mesmo!

Dezasseis anos. Meu Deus! Não há limites, nem fronteiras etárias para o amor, dizem, e caso ambas as partes aceitem, nada a opor. Terno, mto bem construído e sentido com verdade e intensidade, seu escrito.

O poeta lamenta-se por estar no ocaso da vida, não podendo oferecer a Stela tudo aquilo k lhe daria se ele tivesse agora 20 anos, mas o tempo é implacável e não retrocede de jeito nenhum. Ela, bem viçosa, no auge, no apogeu e no inicio, bem no início da sua Primavera é alvo de um grande desejo, de um grande amor, que decerto elevarão muitíssimo sua autoestima.

Beijos e boa semana.

Silenciosamente ouvindo... disse...

Uma poema de uma grande intensidade
e beleza.
Gostei muito amigo.
Abraço
Irene Alves

Manuel disse...

A pesar de la mala traducción que hace Google, me ha parecido un bonito poema, aunque haya tenido que utilizar un poco la imaginación.
Un abrazo.

Maria Rodrigues disse...

Nostalgico e belo poema.
Beijinhos
Maria

RENATA CORDEIRO disse...

Adorei ler este seu poema lindo e intenso, Rosemildo.
Desculpe-me a ausência e demais mazelas, mas tive muitos vírus, verdadeiros alienígenas que atacaram o meu computador.
Espero que voltemos a nos corresponder agora.
Beijo*
Renata

SOL da Esteva disse...

Stela foi a tua Estrela
Que deu Luz ao teu caminho;
Nos sonhos, pudeste tê-la.
Na Vida, só um pouquinho.



Abraço
SOL

Daniel Costa disse...

Rosemildo, por muito felicidade que nos traga o amor, ele sempre terá de ser acarinhado. Amar é sempre compreender o outro, o que nem sempre será fácil de gerir.
Abraço

Maria Teresa Valente disse...

Olá, Furtado!
Muito lindo, mas nostálgico,
quando deveria ser alegria,
a aurora que irradia o dia,
mas que cansada,
repousa no crepúsculo!
A vida não tem lógica, Furtado!
Apenas viva!
Agradeço, abraços carinhosos
Maria Teresa

Magia da Inês disse...


✿‿⎠

"Tudo tem seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu." Há tempo de amar... como Jesus ensinou, sempre!!!

Bom fim de semana!
Beijinhos.
╰✿╯

Zilani Célia disse...

OI ROSEMILDO!
QUE COISA LINDA, É DE SE LER NUM FÔLEGO SÓ.
ABRÇS
http://. zilanicelia.blogspotcom.br/

Mariazita disse...

Meu caro Furtado
Que lindo soneto!
Nota-se nas palavras que o compõe uma grande nostalgia. Mas, meu amigo... nunca é tarde para amar, e pessoas... menos jovens podem fazê-lo com tanta intensidade como os mais novos.
Vivamos amando e sonhando até ao último minuto.

Um excelente Domingo.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

Jaime Portela disse...

No amor, não há crepúsculos...
Belíssimo soneto de amor, gostei imenso.
Boa semana, caro Furtado.
Um abraço.