O
CÃO
Nada
mais próximo da morte: o cão
dormindo
na calçada. Na medula
do
sonho se mantém, e não se anula
ao
modo de mosaico, ralo e chão,
sobre
cuja epiderme, alto-relevo,
desenha
a sua sombra, que o ocupa
como
a tudo que a morte desocupa
acentuando
o cárcere e o relevo.
Por
entre as coisas próprias de uma rua
persiste
indecifrável, pelo, instinto,
e
sempre distinguido do comum
quando
a morte o constrói e o faz nenhum,
a
figura do cão, só, no recinto
do
sono transbordante em que flutua.
Cláudio
Mello e Souza
Rio - Em janeiro deste ano, um diagnóstico de leuc
emia levou Cláudio Mello e Souza, um dos jornalistas mais conhecidos do país, a ficar internado desde então no hospital Copa d'Or, a poucas centenas de metros do seu apartamento, na Rua Santa Clara. Durante os sete meses de luta contra a doença, o jornalista não escondia sua preocupação com a conclusão de seus dois últimos projetos: um livro de entrevistas sobre o escritor português Eça de Queiroz - uma de suas grandes paixões - e a biografia do ex-governador da Guanabara Carlos Lacerda de quem foi amigo... Leia mais aqui:
emia levou Cláudio Mello e Souza, um dos jornalistas mais conhecidos do país, a ficar internado desde então no hospital Copa d'Or, a poucas centenas de metros do seu apartamento, na Rua Santa Clara. Durante os sete meses de luta contra a doença, o jornalista não escondia sua preocupação com a conclusão de seus dois últimos projetos: um livro de entrevistas sobre o escritor português Eça de Queiroz - uma de suas grandes paixões - e a biografia do ex-governador da Guanabara Carlos Lacerda de quem foi amigo... Leia mais aqui:
11 comentários:
Interessante esse olhar do cão sob esse prisma.
Mais um que nesse ano se foi! Abração ,tudo de bom,chica
Gostei muito deste poema e de saber sobre o seu autor, que eu não conhecia.
Abraço,
Renata
Um poema sobre o cão,bem original, deste jornalista escritor que infelizmente não conseguiu vencer a doença.
Uma bela escolha, muito representativa, em jeito de homenagem.
xx
Eu gosto de ver os cachorros dormindo, são tão tranquilos e relaxados.
Escritor novo, eu tb não o conhecia.
Um lindo fds pra vc =)
Adorei esta poesia, tanto que me
atrevo a pedir autorização para
colocar num dos meus blogues.
Quando o amigo fizer uma visita
o dirá.
Obviamente que colocaria com os
devidos créditos.
Bom fim de semana.
Bj.
Irene Alves
Deitado na calçada medula,
o cão, está sujeito a ser atropelado
com fome, vaguendo pela rua
torna-se vadio o cão abandonado!
Tenha amigo Furtado,
um bom fim de senama, um abraço.
Eduardo
SIEMPRE MUY INTERESANTE TEMA.
UN ABRAZO
Meu amigo esse poema não
conhecia .
Hoje da pena de ver quantos
cães morrem nas calçadas abandonados pelo dono .
Um abraço e um abençoado final
semana.
Beijos .
Evanir.
Gostei do poema, é magnífico.
Excelente escolha.
Bom fim de semana, caro amigo.
Abraço.
Lindo poema. Gosto muito de ver os cães a dormir calmamente.
Beijinhos
Maria
Nunca havia lido um poema sobre essa temática. Um homem brilhante seu autor. Valeu a partilha. Abraço.
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