DOR
Bebe.
O vinho do estilo te consola.
Para
beber, não poupes sacrifícios,
que
este tem, dentre todos os teus vícios,
a
equivalência da melhor esmola.
Enquanto
o pranto de teus olhos rola,
e em
teu rosto se notam os indícios
dos
mais negros e atroz malefícios,
teu
coração, sobre o papel, imola.
Deu-te
a Bruxa da Vida este destino.
Vens
do Nada, e, no eterno torvelino,
ao
mesmo Nada tornarás, em breve.
Vamos,
Fantoche, Títere de argila,
sob
o peso da dor, que te aniquila,
curva
a cabeça, desgraçado, escreve.
Martins
Fontes
Leia
mais um belo soneto e um resumo da biografia do autor aqui:
6 comentários:
Não sendo (o vinho) a solução para o problema da dor, dá aso á criação dum Poema magnífico.
Uma boa escolha, Amigo.
Abraços
SOL
INtensa e forte dor que o fez tão bem escrever... Agora um segredo> enquanto aqui escrevo o comentário, sofro de uma enorme dor: hoje cedinho fui me abaixar para cuidar da CUCA e fiquei... Deu um creeeeek e nem podia respirar direito.Ainda doi, mas bem melhor.Agora, sentadinha, quieta, por força...É o preço da idade,rs abração,chica
Belo soneto, Rosemildo.
Tenho um bom dia junto aos seus.
Abraço,
Renata
duro poema!!!!!
un abrazo
Um poeta muito interessante, e este soneto é fortíssimo, doloroso.
Até gostei mais do outro soneto!
xx
Adorei este poema amigo.
Um dia destes li que já ninguém
liga à poesia, mas na Net há tanta
poesia e tanta gente no presente
a escrever maravilhosamente bem.
Sugiro uma visita a um blogue:
http://rosasolidao.blogspot.pt
é madrinha de um dos meus blogues
e é uma poetisa que eu muito admiro: Rosa Maria
Bj. e desejo que esteja bem.
Irene Alves
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