segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Testamento do homem sensato.


TESTAMENTO DO HOMEM SENSATO

Quando eu morrer, não faças disparates
nem fiques a pensar: Ele era assim...

Mas senta-te num banco de jardim,
calmamente comendo chocolates.

Aceita o que te deixo, o quase nada

destas palavras que te digo aqui:
Foi mais que longa a vida que eu vivi,
para ser em lembranças prolongada.

Porém, se um dia, só, na tarde em queda,

surgir uma le mbrança desgarrada,
ave que nasce e em vôo se arremeda,

deixa-a pousar em teu silêncio, leve

como se apenas fosse imaginada,
como uma luz, mais que distante, breve.

Carlos Pena Filho




Carlos Souto Pena Filho, poeta pernambucano, nasceu no Recife no dia 17 de maio de 1928. Seu pai era o comerciante português Carlos Souto Pena e sua mãe D. Laurinda Souto Pena. Cursou o primário e o ginásio (hoje ensino fundamental) em Portugal. Quando voltou ao Recife, estudou no Colégio Nóbrega e no Joaquim Nabuco.


Muito cedo começou a escrever e manifestar sua vocação poética. Em 1947, publicou no Diário de Pernambuco o soneto Marinha. Daí em diante continuou publicando seus poemas nos suplementos nordestinos e também em publicações do Sul do País. Suas composições passaram a ser lidas e requisitadas. Era saudado como promessa de um grande poeta da novíssima geração pernambucana. Leia mais aqui: 

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3 comentários:

chica disse...

Gostei de ver a simplicidade e praticidade do autor nessa inspiração! abração,linda semana!chica

Anônimo disse...

GRAN TEMA. GRACIAS POR COMPARTIR.
UN ABRAZO

Silenciosamente ouvindo... disse...

Gostei muito de ler este testamento.
Desejo que esteja bem.
Bj.
Irene Alves