TESTAMENTO
DO HOMEM SENSATO
Quando
eu morrer, não faças disparates
nem
fiques a pensar: Ele era assim...
Mas
senta-te num banco de jardim,
calmamente
comendo chocolates.
Aceita
o que te deixo, o quase nada
destas
palavras que te digo aqui:
Foi
mais que longa a vida que eu vivi,
para
ser em lembranças prolongada.
Porém,
se um dia, só, na tarde em queda,
surgir
uma le mbrança desgarrada,
ave
que nasce e em vôo se arremeda,
deixa-a
pousar em teu silêncio, leve
como
se apenas fosse imaginada,
como
uma luz, mais que distante, breve.
Carlos
Pena Filho
Carlos
Souto Pena Filho, poeta pernambucano, nasceu no Recife no dia 17 de
maio de 1928. Seu pai era o comerciante português Carlos Souto Pena
e sua mãe D. Laurinda Souto Pena. Cursou o primário e o ginásio
(hoje ensino fundamental) em Portugal. Quando voltou ao Recife,
estudou no Colégio Nóbrega e no Joaquim
Nabuco.
Muito
cedo começou a escrever e manifestar sua vocação poética. Em
1947, publicou no Diário de Pernambuco o soneto Marinha.
Daí em diante continuou publicando seus poemas nos suplementos
nordestinos e também em publicações do Sul do País. Suas
composições passaram a ser lidas e requisitadas. Era saudado como
promessa de um grande poeta da novíssima geração pernambucana.
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3 comentários:
Gostei de ver a simplicidade e praticidade do autor nessa inspiração! abração,linda semana!chica
GRAN TEMA. GRACIAS POR COMPARTIR.
UN ABRAZO
Gostei muito de ler este testamento.
Desejo que esteja bem.
Bj.
Irene Alves
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