quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Tempo para a saúde.


Tempo para a saúde.



Meus queridos amigos!

Hoje estarei me submetendo a uma limpeza da lente intraocular que me foi implantada quando de uma cirurgia de catarata realizada já há alguns aninhos atrás. Rsrs. Portanto, dependendo das recomendações do médico, pois tenho também que me submeter a retirada de alguns quilinhos de pterígio – com data ainda a ser marcada – devo me ausentar das telinhas (TV e PC) por algum tempo, rogando a DEUS que seja o menor possível.

Mais uma vez, agradeço a indispensável compreensão de todos, prometendo voltar logo que me for permitido, pois, como sabem, é muito difícil viver sem o valioso convívio de vocês.

Beijos no coração de todos.

QUE DEUS SEJA LOUVADO!

Rosemildo Sales Furtado. 

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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Bêbado.



BÊBADO

A vista turva, o crânio atordoado,
Nada o entristece nem tampouco o encanta.
Tomba, tropeça, cai e se levanta,
Vai cair mais distante, do outro lado.

Julga que a bebedeira. O desgraçado,
Os seus desgostos trágicos espantam.
Esbraveja, sorri, às vezes canta,
Talvez algum lampejo do passado.

Vive, e, não sabe ao certo se tem alma,
Fogem-lhe os dias, e ele jamais sente,
Ruir-lhe do vício o cansaço tão voraz.

Se acaso, o sono, o cérebro lhe acalma,
Ele após despertar, pensa somente,
Em ir para a taverna beber mais.

R.S. Furtado

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sábado, 13 de outubro de 2012

Anestesia Dentária.


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ANESTESIA DENTÁRIA

1844 – Horace Wells, dentista americano, descobre a anestesia dentária. Exercia a Odontologia em Hartford, Connecticut. Assistiu a 10 de dezembro a uma exibição, em que o público se divertia com os efeitos cômicos do protóxido de azoto. Desgovernado pela inalação deste gás, um caiu com a perna sangrando, sem sentir dor. Wells, que tudo observara, convidou o químico, Dr. G. Q. Colton, preparador do referido protóxido a ir ao seu consultório. Presente ali no dia imediato, Wells pediu ao seu colega Riggs que lhe extraísse um molar superior, inalando previamente aquele gás. Assim se fez tendo o Dr. Colton lhe anestesiado. Após a extração disse Wells: “Eis aqui uma nova era da extração dentária. Nada me doeu, nem sequer a dor da picada de um alfinete. É a maior descoberta já feita”. Desde então Wells passou a aplicar diariamente o protóxido de azoto. Em 1845 foi a Boston propagar seu novo método. Dentre os dentistas e médicos, somente Morton, seu antigo discípulo e colega de consultório lhe deu crédito. Ambos convidaram o Dr. Warren, do Hospital Geral de Massachusetts para uma demonstração aos seus alunos. 
Este, apesar de não crer na eficiência do protóxido de azoto, incapaz, segundo ele, de anestesiar o tempo suficiente do ato cirúrgico, acedeu ao convite. Reuniu na mesma noite os estudantes. Iniciada a operação, diante de grande expectativa, o paciente gemeu do primeiro ao último instante, redundando em tremando fracasso. Wells foi ridicularizado e tachado de charlatão. Fora infeliz. O gás empregado era de qualidade inferior. Desiludido, voltou a Hartford. Dois anos depois, mais entusiasmado, embarcou para a Europa, a fim de difundir a sua descoberta. A Sociedade Médica Francesa e os demais médicos europeus, porém, não lhe deram ouvidos. Preferiram o éter sulfúrico, de origem européia, mais conhecido entre eles. Além disso, um médico escocês, o Dr. Simpson, descobriu os efeitos do clorofórmio como anestésico. Desesperado, Wells voltou para os Estados Unidos. Somente mais tarde é que a Sociedade Médica Francesa lhe conferia um Diploma de Honra. Reconheceu nele o verdadeiro descobridor da anestesia pelo protóxido. Uma carta lhe comunicara que a Associação dos Médicos de Paris “proclamara, por um voto, que é unicamente a Horácio Wells, de Hartford, Connecticut, que cabe a honra de ter pela primeira vez vencido a dor, fazendo um doente respirar os gases vaporizados”. Esta carta, porém, chegou atrasada. Alguns dias antes, a 24 de janeiro de 1848, torturado e desgostoso, Horácio Wells já se havia suicidado.

Nota: Este trabalho é o resultado de pesquisas realizadas pelo ilustre professor Elias Barreto e publicado pela Enciclopédia das Grandes Invenções e Descobertas, edição de 1967, volume 3, página 409.

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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Sol e Anarda.




SOL E ANARDA

O sol ostenta a graça luminosa,
Anarda por luzida se pondera;
o sol é brilhador na quarta esfera,
brilha Anarda na esfera de fermosa.

Fomenta o sol a chama calorosa,
Anarda ao peito viva chama altera,
o jasmim, cravo e rosa ao sol se esmera,
cria Anarda o jasmim, o cravo e a rosa.

O sol à sombra dá belos desmaios,
com os olhos de Anarda a sombra é clara,
pinta maios o sol, Anarda maios.

Mas (desiguais só nisto) se repara
o sol liberal sempre de seus raios,
Anarda de seus raios sempre avara.

Manuel Botelho de Oliveira

Manuel Botelho de Oliveira nasceu na Bahia em 1636; estudou Direito em Coimbra, e, de volta ao Brasil, dedicou-se à advocacia e à política: foi vereador do Senado da Câmara de Salvador (1710) e capitão-mor das ordenanças de Jacobina. Morreu em 05 de janeiro de 1711. Era bastante rico, segundo Pedro Calmon, para emprestar dinheiro ao Estado, e ainda com vigor para lhe entrar os sertões. “Argentário - continua o historiador – aparece em vários documentos como credor de dinheiro a juros: assim no testamento de D. Francisca de Saúde (Cr$ 175)... Foi casado com D. Felipa de Brito e sepultado na igreja do Carmo”. Esse casamento era o segundo; matrimoniara-se antes com D. Antônia de Meneses, celebrando-se as novas núpcias, por viuvez, em 24 de janeiro de 1677. Seu livro foi publicado quando ele tinha quase setenta anos.

Fonte: “Poesia Barroca” Antologia – Edições Melhoramentos – 1967.

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terça-feira, 9 de outubro de 2012

A Trapezista Voadora.


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A TRAPEZISTA VOADORA


Rasga a abóbada celeste do circo.
Fica a noite suspensa de seu alto
e ousado gesto absoluto. Tremo,
deslumbrado, entre silêncio e salto,


entre barra e pulso, amor e medo,
raiz e fruto. O corpo de gata
e lantejoulas rápidas, sereno,
flutua no espaço e arrebata


meu coração aflito, olhar e sexo.
É luz, lume, nuvem, deusa, acrobata?
Ou gata no cio num céu sem nexo?


Flor de lótus ou lis? Astro secreto?
Voo seu voo veloz, for exacta,
concisa como um verso no soneto.

José Carlos Vasconcelos

José Carlos de Vasconcelos (Freamunde, Paços de Ferreira, 10 de Setembro de 1940) é um jornalista e advogado português.
Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra iniciou a carreira em 1966 no Diário de Lisboa. Foi dirigente da Associação Académica de Coimbra e do Sindicato dos Jornalistas e deputado à Assembleia da República eleito pelo extinto partido Renovador Democrático, de que foi um dos fundadores.
Foi director-adjunto do Diário de Notícias e um dos fundadores do semanário O Jornal, de que veio a ser director.
Atualmente pertence à direcção editorial da revista Visão e é director do Jornal de Letras.
Fonte: Wikipédia. 
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domingo, 7 de outubro de 2012

Mundo Interior.


MUNDO INTERIOR

Ouço que a natureza é uma lauda eterna
de pompa, de fulgor, de movimento e lida,
uma escala de luz, uma escala de vida
de sol à ínfima luzerna.

Ouço que a natureza, – a natureza externa, –
tem o olhar que namora, e o gesto que intimida,
feiticeira que ceva uma hidra de Lerna
entre as flores da bela Armida.

E contudo, se fecho os olhos, e mergulho
dentro em mim, vejo à luz de outro sol, outro abismo
em que um mundo mais vasto, armado de outro orgulho,

rola a vida imortal e o eterno cataclismo,
e, como o outro, guarda em seu âmbito enorme,
um segredo que atrai, que desafia, – e dorme.

Machado de Assis
 
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro, em 21 de junho de 1839. Em 1855 viu sair na Marmota Literária, pela primeira vez, um seu trabalho, a poesia “Ela”. Entrou em 1856 na Imprensa Nacional como aprendiz de tipógrafo, e no ano seguinte passou a exercer a função de mister de revisor de provas, em livraria e em jornal. Em 1859 já é crítico teatral e em 1860 tem a seu cargo várias secções, no Diário do Rio de Janeiro. Cavaleiro da Ordem da Rosa, por serviços às letras (1867), foi elevado a oficial em 1888. Chegou a diretor-geral em sua carreira de funcionário público, na qual se aposentou. Foi o primeiro presidente da Academia Brasileira, e faleceu no Rio de Janeiro em 29 de setembro de 1908.

Fonte: “Poesia Parnasiana” Antologia – Edições melhoramentos – 1967.
  
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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Ceder é necessário.

 CEDER É NECESSÁRIO!
Para se ter uma vida em comum, necessário se faz que as partes saibam ceder o suficiente, para que possam fazer jus ao suficientemente cedido.”
R.S. Furtado 
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terça-feira, 2 de outubro de 2012

A Mochila de Ouro.


 A MOCHILA DE OURO

Havia dois homens, um rico e outro pobre, que gostavam de fazer peças um ao outro. Foi o compadre pobre à casa do rico pedir um pedaço de terra para fazer uma roça. O rico, para fazer peça ao outro, lhe deu a pior que tinha. Logo que o pobre teve o sim, foi para casa dizer a mulher, e foram ambos ver o terreno. Chegando lá nas matas, o marido viu uma mochila de ouro, e, como era em terras do compadre rico, o pobre não a quis levar para casa, e foi dizer ao outro que em suas matas havia aquela riqueza. O rico ficou logo todo agitado, e não quis que o compadre trabalhasse mais nas suas terras. Quando o pobre se retirou, o outro largou-se com a sua mulher para as matas a ver a grande riqueza. Chegando lá, o que achou foi uma grande casa de marimbondos; meteu-a num grande saco e tomou o caminho da casa do pobre e, logo que o avistou, foi gritando:

– “Ó compadre, fecha as portas e deixa somente uma banda da janela aberta”. O compadre assim fez, e o rico, chegando perto da janela, atirou a casa de marimbondos dentro da casa do amigo e gritou: – “Fecha a janela compadre!” Mal os marimbondos bateram no chão, transformaram-se em moedas de ouro, e o pobre chamou a mulher e os filhos para as ajuntar. O ricaço gritou então: – “Ó compadre, abre a porta!” Ao que o outro respondia: as – “Deixa-me, os marimbondos estão me matando!” E assim ficou o pobre rico e o rico ridículo.

Sílvio Romero. 

 
Fundador da Cadeira 17. Recebeu o Acadêmico Euclides da Cunha.
Sílvio Romero (S. Vasconcelos da Silveira Ramos R.), crítico, ensaísta, folclorista, polemista, professor e historiador da literatura brasileira, nasceu em Lagarto, SE, em 21 de abril de 1851, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de julho de 1914. Convidado a comparecer à sessão de instalação da Academia Brasileira de Letras, em 28 de janeiro de 1897, fundou a Cadeira nº 17, escolhendo como patrono Hipólito da Costa. Leia mais aqui:

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