POEMA QUARTO DE UM CANTO DE ACUSAÇÃO
Há sobre a terra 50 000 mortos que ninguém chorou
sobre a terra
insepultos
50 000 mortos
que ninguém chorou.
Mil Guernicas e a palavra dos pincéis de Orozco e de Siqueiros
do tamanho do mar este silêncio
espalhado sobre a terra
como se chuvas chovessem sangue
como se os cabelos rudes fossem capim de muitos
metros
como se as bocas condenassem
no preciso instante das suas 50 000 mortes
todos os vivos da terra.
Há sobre a terra 50 000 mortos
que ninguém chorou
ninguém...
As Mães de Angola
caíram com seus filhos
Leia mais um belo poema e a biografia do autor aqui:
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7 comentários:
Linda poesia e como há mortos que ninguém chorou...
abração,tudo de bom,lindo fds!chica
Ola meu querido!
Quantos mortos sem lamentações, não?!
Um texto pra se refletir a fundo.
Quanto ao autor, um cara com uma bagagem que faz jus aos tantos nomes!
Excelente escolha!
Beijos e um ótima sexta feira!
Um poema interessante,,,diferente,,,abraços e um belo final de semana pra ti.
Olá Furtado
Saudades Amigo!
Estou em falta com meus amigos do blog! Aquele facebook me toma o tempo que tenho. Mas,resolvi e voltarei a postar e comentar todos os dias como antes.
Como sempre poemas que me encantam e poetas que não conhecia. Seu blog é uma verdadeira joia da litura virtual!
Um lindo fim de semana!!
Beijos no coração...:)
Elaine Crespo
Lindos e tristes versos.
Sempre nos surpreendendo sempre um aprendizado vir aqui.
Beijossss
Um belo sábado pra ti meu amigo...abraços...
Um poema com sangue da verdade!
Beijo e um bom domingo!
Graça
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