ESTÁTUA
Eu tenho muita vez a estranha pretensão
de me fundir em bronze e aparecer nas praças
para poder ouvir da voz das populaças
a sincera explosão;
senti-la, quando, em festa, as grandes multidões
aclamam doidamente os fortes vencedores,
e febris, pelo ar, espalham-se os clamores
das nobres ovações;
senti-la, quando o sopro aspérrimo da dor
nubla de escuro crepe o lúgubre horizonte
e curva para o chão a entristecida fronte
do povo sofredor;
poder sempre pairar solenemente em pé,
sobre as mágoas cruéis do miserando povo,
e ter sempre no rosto, eternamente novo,
uma expressão de fé.
E, quando enfim cair do altivo pedestal,
à sacrílega mão do bárbaro estrangeiro,
meu braço descrever no gesto derradeiro
a maldição final.
Medeiros e Albuquerque
Veja mais um belo poema e a biografia do autor aqui.
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7 comentários:
Linda poesia que escolheste pra compartilhar! abração,lindo dia!chica
Muito bela poesia amigo...abraços de bom dia pra ti.
Che stupenda poesia . Non la conoscevo affatto .Hai fatto bene a postarla .Grazie .
Felice giornata a te Lina
Algumas pessoas, sempre fizeram das estatuas, seus deuses e a sua fotografia expostas à popula.
Que bom, que voltaste, estava com saudades.
Felicidades, sempre
Em estátua de bronze se transformar
Com o seu nome numa praça colocado
Em vida ser preciso, pelo bem lutar
Para sempre, ser pelo povo lembrado!
Boa quinta-feira
um abraço
Eduardo.
SIEMPRE UN PLACER LEER LO QUE USTED NOS COMPARTE UN ABRAZO
Meu querido amigo
Seja muito bem vindo...tinha saudades de passar aqui.
E como sempre saio mais rica lendo este poema maravilhoso que não conhecia.
Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora
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