quinta-feira, 10 de maio de 2012

Estátua.


ESTÁTUA 

Eu tenho muita vez a estranha pretensão 
de me fundir em bronze e aparecer nas praças 
para poder ouvir da voz das populaças 
a sincera explosão; 

senti-la, quando, em festa, as grandes multidões 
aclamam doidamente os fortes vencedores, 
e febris, pelo ar, espalham-se os clamores 
das nobres ovações; 

senti-la, quando o sopro aspérrimo da dor 
nubla de escuro crepe o lúgubre horizonte 
e curva para o chão a entristecida fronte 
do povo sofredor; 

poder sempre pairar solenemente em pé, 
sobre as mágoas cruéis do miserando povo, 
e ter sempre no rosto, eternamente novo, 
uma expressão de fé. 

E, quando enfim cair do altivo pedestal, 
à sacrílega mão do bárbaro estrangeiro, 
meu braço descrever no gesto derradeiro 
a maldição final. 

Medeiros e Albuquerque 


Veja mais um belo poema e a biografia do autor aqui.

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7 comentários:

chica disse...

Linda poesia que escolheste pra compartilhar! abração,lindo dia!chica

Everson Russo disse...

Muito bela poesia amigo...abraços de bom dia pra ti.

Linasolopoesie disse...

Che stupenda poesia . Non la conoscevo affatto .Hai fatto bene a postarla .Grazie .
Felice giornata a te Lina

José María Souza Costa disse...

Algumas pessoas, sempre fizeram das estatuas, seus deuses e a sua fotografia expostas à popula.
Que bom, que voltaste, estava com saudades.
Felicidades, sempre

Edum@nes disse...

Em estátua de bronze se transformar
Com o seu nome numa praça colocado
Em vida ser preciso, pelo bem lutar
Para sempre, ser pelo povo lembrado!

Boa quinta-feira
um abraço
Eduardo.

Anônimo disse...

SIEMPRE UN PLACER LEER LO QUE USTED NOS COMPARTE UN ABRAZO

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu querido amigo

Seja muito bem vindo...tinha saudades de passar aqui.
E como sempre saio mais rica lendo este poema maravilhoso que não conhecia.


Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora