segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Ao amor.


AO AMOR

Meu tio-avô manuel morreu de amor 
em Póvoa de Varzim, num dia antigo. 
Eu quero bem a todos os parentes, 
mas é dêsse Manuel que sou amigo.  

Foi o sincero da família. Por 
destino, vocação, prêmio, ou castigo, 
os bons Moreyras, nós, tão diferentes, 
somos iguais no amor. Sei por que digo. 

Apenas não morremos. Continuamos, 
com o desejo que fica na saudade, 
com o sorriso que fica em cada dor.  

Árvores velhas, e de flor nos ramos, 
vamos amando para a eternidade, 
e o último amor ainda é o primeiro amor... 

Álvaro Moreyra 


Quarto ocupante da Cadeira 21 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 13 de agosto de 1959, na sucessão de Olegário Mariano e recebido pelo Acadêmico Múcio Leão em 23 de novembro de 1959. 

Álvaro Moreyra (A. Maria da Soledade Pinto da Fonseca Velhinho Rodrigues M. da Silva), poeta, cronista e jornalista, nasceu em Porto Alegre, RS, em 23 de novembro de 1888, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de setembro de 1964. 

Era filho de João Moreira da Silva, autor teatral, cronista e poeta, e de Maria Rita da Fonseca. Simplificou o longo nome de família para Álvaro Moreyra, com y (para que esta letra “representasse as supressões”). Veio para o Rio de Janeiro em 1910, onde concluiu o curso de Direito. Tornou-se amigo de Felipe d' Oliveira e Araújo Jorge. Entre 1912 e 1914 esteve em Paris e viajou também à Itália, à Bélgica e à Inglaterra. De volta ao Brasil, encetou a carreira jornalística no Rio, tendo sido redator de várias publicações: Fon-Fon, Bahia Ilustrada, A Hora, Boa Nova, Ilustração Brasileira, Dom Casmurro, Diretrizes e Para Todos. Quer ler mais? 

Fonte: http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=115&sid=229 

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5 comentários:

Anônimo disse...

O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você.

Mário Quintana

Beijos & Flores na sua semana!M@ria

chica disse...

Linda poesia, bem escolhida pra iniciar mais uma semana! abração,chica

Sonia Parmigiano disse...

Rosemildo,

Que lindo soneto ao Amor...bela postagem, completa e importante, como sempre!!

Grande beijo e boa semana!

Reggina Moon

[Te ofereço o selinho "Blog Vip da Literatura Brasileira", com muito carinho, que está no meu Blog Verso & Prosa...]

Everson Russo disse...

Um belo versejar de amor meu amigo..abraços de boa semana.

Flor de Lótus disse...

Olá meu caro amigo!Ah o amor ele faz comentermos loucuras, perdemos o bom senso,perdemos tudo menos a vontade de amar...
Beijossss