quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Tipos da rua

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TIPOS DA RUA

Ambos descendem de ínfimo monturo,
Ela, amarela, feia e embrutecida.
Ele é um canalha preguiçoso, a vida,
Passa a beber cachaça com mel de furo.

Todas as noites, em um beco escuro,
Ele vai esperar a bem querida.
Que desleixada e de moral despida,
Mantém com ele o seu idílio impuro.

Então, dão expansão sem nenhum decoro,
Ela manhosa, ele velhamente,
O tão rasteiro e misero namoro.

Com tais colóquios de um amor imundo,
Preparam-se afinal nojentamente,
Para um aborto vil deitar ao mundo.

R.S. Furtado

18 comentários:

marianna furtado :T disse...

vô,
fiquei muito feliz, muito mesmo, da gente poder se reencontrar, e eu saber que Deus lhe conscedeu esse dom incrivel de transformar palavras em poemas que tocam os sentimentos alheios.
espero não perder o contato, sempre tô aqui no blog, e sempre de longe vou está aqui te acompanhando.
eu te amo.
marianna furtado.

Ira Buscacio disse...

Furtado,

Que poema forte!

Simbologia ousada e mundana.

Adorei.

Bjão

Anônimo disse...

O senhor hoje tá meio amargo heim seu
Rosenildo?
Bjs.

Unknown disse...

Profundooooooooo
A cara do mundo, reverso da medalha,
essa que a gente não ver, mas não descarta, assim existe e se declara...
Eis as afinidades, e cada um se apega e convive com aquilo que se lhe aclara...

Parabéns Furtado, muito lindo mesmo
de teor bem raro...

chica disse...

LIndo e bem real.O nosso mundo anda cheio desses tipos da rua ,das esquinas e das noites...abração,tudo de bom,chica

Andresa Ap. Varize de Araujo disse...

esse é o retrato pefeito de nossas ruas....
beijos querido
Andresa

chica disse...

Voltei pra te agradecer e dizer que ri muito do teu comentário por lá,rsrs...Criatividade,heim? abração,chica

Daufen Bach disse...

por isso esse espaço tem esse nome, " Arte e Emoções". Magnífico!
belissimo poema meu caro Rosemildo.

Abraço forte a ti.


daufen bach.

Úrsula Avner disse...

bonito soneto meu caro poeta... bem estruturado na forma poética e com bonita e lírica temática. Bj.

Bruna Furtado disse...

Oh vovô, o poema "sensação" é muito bom, mas o F.S foi proposital.

Esse seu poema me lembrou as ruas do Recife antigo. Muito Bom.

Beijo
Te amo

EDUARDO POISL disse...

Conte a sua história ao vento,
Cante aos mares para os muitos marujos;
cujos olhos são faróis sujos e sem brilho.

Escreva no asfalto com sangue,
Grite bem alto a sua história
antes que ela seja varrida
na manhã seguinte pelos garis.

Abra seu peito em direção dos canhões,
Suba nos tanques de Pequim,
Derrube os muros de Berlim,
Destrua as cátedras de Paris.

Defenda a sua palavra,
A vida não vale nada se você
não viver uma boa história pra contar."

(Pedro Bial)

Hoje passando para desejar um lindo final de semana com muito amor e carinho
Abraços

Gianna disse...

Ciao Furtado.
Bella la tua poesia.
Hai voglia di scrivere versi in italiano, così te li pubblico?

Ladybutterfly disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ladybutterfly disse...

Olá amigo lindo! Tenho andando desaparecida, peço desculpa, são as ondas constantes da vida que tantas vezes nos teimam em afastar... Fantástico texto... Como sempre! Beijão

Sonia Parmigiano disse...

Rosemildo,

Um poema que nos remete a um mundo muito real, das madrugadas vazias, o submundo, retratos de vidas...

Adorei!

Um grande beijo e ótimo final de semana!!

Reggina Moon

Unknown disse...

Olá Rosemildo,
um soneto muito forte que descreve sem tabus uma realidade triste dos nossos dias.

Beijinhos,
Ana Martins

Retalhos de Amor disse...

Face da realidade...
Caminhos deste hoje
Que habitamos!!!

Amei teu cantinho, Rosemildo...
Maravilhosas Palavras!!!

Final de semana na paz maior
pra ti e os teus, viu!!!
Iza

Helô Strega disse...

Ah!
Li a duas semanas as artes do fazer, a vida cotidiana de Michael de Certeau, é um pesquisador frances, Tem uma parte que ele pesquisa sobre as ruas de algumas cidades francesa e vai investigando a hirtoria de sua contituição pelos habitantes da mesmas e algumas trazem narrativas mágicas outras dolorosas e outras simplesmente misturam dor e alegria.
Imagino que Certeua gostaria de conhecer este seu poema.
Um beijo!