Este blog foi criado com o objetivo único e exclusivo de expor ao mundo, tudo aquilo que penso, vejo, ouço, falo, sinto, detesto, admiro, amo, gosto, desejo e, sobretudo, faço.
segunda-feira, 29 de junho de 2015
segunda-feira, 22 de junho de 2015
O Arrasta-pé do Jojó de Totonha.
O
ARRASTA-PÉ DO JOJÓ DE TOTONHA
Mês
de junho! Todo ano neste mês,
O
São João no Nordeste é animado.
Tem
gente acostumado, já freguês,
É
corre-corre, é turista de todo lado.
Aqui
pertinho tem um famoso arraiá,
É o
arrasta-pé do Jojó de Totonha.
Tem
gente decente, que vai só brincar,
Mas
também vai cabra sem vergonha.
Na
festança, tem dança de todo jeito,
Tem
forró e também tem quadrilha.
Tem
tanta mulher, que o sujeito,
Nem
se importa com a partilha.
Chega
a hora em que a mulherada,
Queira
ou não, é intimada a dar.
E,
na espreita, fica a rapaziada.
Para
no momento, se aproveitar.
Tem
umas que dão mesmo sem querer,
Tem
outras que fazem questão de dar.
Já
tem umas que dão por prazer,
Enquanto
outras, não querem nem pensar.
Tem
aquela que reluta, mas contudo,
Sem
saída, a dar ela é sempre obrigada.
Já
tem umas que não dão, nem por tudo.
Já
outras que insistem, e dão por nada.
Tem
umas, nem ligam, dão sorrindo,
Tem
outras que dão de cara fechada.
Mas
logo se vê, todas estão fingindo,
Porque
a vontade é dar dando risada.
No
final, que se segure a rapaziada,
Cada
um que controle à emoção.
Pois
é chegada a hora da mulherada,
Dar
à tão esperada rodada no salão.
R.S.
Furtado.
(Reedição)
segunda-feira, 15 de junho de 2015
segunda-feira, 8 de junho de 2015
Acode eu Santo Antonho!
ACODE EU SANTO
ANTONHO!
Hoje acordei
arretada, virada cum a molesta!
Êta vida
desgramada.
Só pra eu nada presta!
Passei a noite
toda sozinha, cum muita fome.
Mais
hoje,
sem farta vou cedinho lá pra festa,
Vesti
a rôpinha
mió, carçá a sandaia qui presta,
Pru mode vê se
dá sorte, e eu arrume aigum home.
Hoje é vespra
de Santo Antonho casamentêro,
Quem sabi aculá
na festança, no meio do terrêro,
Ele atenda o
meu sonho, arranje um home pra eu.
E acaimá mais,
só um pouquinho minha vida,
Aquetá minha
disprezada, surfrida e inxirida,
E mostrá qui
Deus é bão, e nunca mi isqueceu.
Quem tivé a
vida surfrida, iguarzinha a minha,
E quisé tombém
aquetá a assanhada bixinha,
Faça comu eu,
pedi baxinho, pur baxo do pano.
Aproveita qui
hoje é o dia de pedí, num isquece,
Pruque num é
todo dia qui o santinho aparece,
Essa xanxe
demora, a genti só tem de ano e ano.
Acode eu Santo
Antonho!
R.S. Furtado
segunda-feira, 1 de junho de 2015
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