segunda-feira, 22 de julho de 2019

O Camelô.


O CAMELÔ 

Nunca parece qualquer tipo à toa,
Pois é correto sempre no trajar.
As transações procura trapacear,
Levando a vida para sempre boa.

Na certeza de inocentes encontrar,
Nas esquinas e praças apregoa.
Alto, estridente, que distante ecoa,
O que tem então para mercadejar.

E ele assim, bons partidos vai tirando,
No seu viver de um simples vagabundo,
Seus dias a vencer com pouca lida.

Palhaço que vai bem desempenhando,
No imenso circo que é este nosso mundo,
A pantomima arte da torpe vida.

R.S. Furtado

7 comentários:

  1. Isso sem contar com a lábia dele.

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  2. Em Portugal lhes chamamos "os vendedores de banha da cobra"
    Abraço

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  3. Uns ganhando a vida outros nem tanto.
    Obrigada pela sua presença lá na casa andavas desaparecido!
    Abraços.

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  4. É sempre melhor trapacear do que roubar...
    Magnífico soneto, gostei muito.
    Caro Furtado, um bom fim de semana.
    Abraço.

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  5. Um modo de vida alternativo e rendoso, ou o suficiente para ser mantido.
    Bom Soneto social.



    Abraço
    SOL

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  6. Estão espalhados pelas nossas ruas, pelos lugares mais impróprios, mas coitados... de que viverão?
    Outros espalhados sem nada vender, só a pedir e a sujar.
    Enfim...
    Gostei do soneto, levava-nos a pensar...
    Beijo, Amigo! Um bom domingo.

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