segunda-feira, 22 de abril de 2019

O bêbado.




O BÊBADO

A vista turva, o crânio atordoado,
Nada o entristece nem tampouco o encanta.
Tomba, tropeça, cai e se levanta,
Vai cair mais distante, do outro lado.

Julga que a bebedeira. O desgraçado,
Os seus desgostos trágicos espantam.
Esbraveja, sorri, às vezes canta,
Talvez algum lampejo do passado.

Vive, e, não sabe ao certo se tem alma,
Fogem-lhe os dias, e ele jamais sente,
Ruir-lhe do vício o cansaço tão voraz.

Se acaso, o sono, o cérebro lhe acalma,
Ele após despertar, pensa somente,
Em ir para a taverna beber mais.

R.S. Furtado



8 comentários:

  1. Gostei de ler.
    O álcool embrutece o cérebro, e faz esquecer.
    Abraço e uma boa semana

    ResponderExcluir
  2. Linda poesia e triste a bebida e seus efeitos no homem... Linda nova semana! abração,chica

    ResponderExcluir
  3. Olá, Rosemildo!

    Um soneto, que espelha bem o comportamento e atitudes de um bêbado.
    O alcoolismo é doença e várias são as causas para se cair nesse mundo escuro.

    Grata por sua visita e comentário em meu blog.

    Beijos e boa semana.

    ResponderExcluir
  4. Soneto da vida social que vamos, infelizmente, vendo ao redor.
    Boa intervenção.Parabéns.


    Abraço

    SOL

    ResponderExcluir
  5. OI ROSEMILDO!
    DESCREVES EM TEU TEXTO O TORMENTO QUE SE APOSSA DA VIDA DE ALGUÉM QUE CHEGA A ESTE PONTO DE ENTREGA A ESTE VÍCIO TERRÍVEL.
    ABRÇS AMIGO.
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  6. Que coisa triste isso, o que acarreta é uma desgraça só, mas tive de rir com a foto!
    Beijo, amigo, um lindo domingo!

    ResponderExcluir
  7. O álcool é dos vícios que mais afeta o próprio e a família.
    O soneto é magnífico, gostei imenso.
    Caro Furtado, um bom domingo e uma boa semana.
    Abraço.

    ResponderExcluir