segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Inocência.

 

INOCÊNCIA

Onde eu trabalho, minha filha enfeita,
Todos os dias com singelas flores.
Meigamente, grácil, ela os ajeita,
Num frasquinho sem tinta, nem labores.

Ao coração de pai, nós escritores,
De uma vida que quase está desfeita.
Ante a sua meiguice e seus primores,
Da sua angustia uma ternura é feita.

Sete anos! Vida de ambições despida!
Pura alma de anjo alado, no transporte.
De inocência e alegria não fingida.

Que Deus te dê filhinha boa sorte.
Assim como hoje enfeitas minha vida,
Enfeite em algum dia minha morte.

R.S. Furtado

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9 comentários:

  1. Lindo e tocante poema!Adorei! abração, ótima semana! chica

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  2. Um poema lindo e delicado.
    Gostei muito Rosemildo.
    Bjs e uma ótima semana.
    Carmen Lúcia.

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  3. Lindo, terno, mas a última frase tão triste...
    Mas comovente, amigo.
    beijos, boa semana!

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  4. Como diz a Chica e com toda a razão é um belo poema mas com um final bastante tocante.
    Um abraço continuação de boa semana.
    Livros-Autografados

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  5. Um belo Soneto, Furtado.
    Filha nossa se orgulha(ria) dum Poema assim.

    Abraço
    SOL

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  6. A sua filhinha enfeita,
    a inocência com flor
    a vida só será perfeita
    se for vivida com amor!

    Boa tarde amigo Furtado, um abraço,
    Eduardo.

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  7. Oi Furtado,
    Quando eu morrer não quero flores nem água benta, quero meu filho e marido pertinho de mim.
    Beijos
    Lua Singular

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  8. hola amigo...agradezco mucho su visita que hacía tiempo que no nos veíamos ...ha sido un placer saludarle ...
    un abrazo
    Marina

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  9. Prezado amigo, Pedro Luso, amigo meu de longa data, foi quem me orientou ao seu blog por eu também compor versos. Gostei imensamente de seus poemas. Meu abraço fraterno. Laerte (Silo).

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