segunda-feira, 18 de julho de 2016

Infância.

 


INFÂNCIA

Não mais existe, a casa em que passei,
Meus descansados dias de criança.
O parreiral, que em sua sombra mansa,
Minhas primeiras lições estudei.

O jardim em flor - grata lembrança -,
Onde azuis borboletas eu peguei.
O cajueiro que em alta trança,
Sem temor tantas vezes me embalei.

O trajeto da vida hoje eu seguindo,
As mortas ilusões eu vou deixando.
Enquanto vagos sonhos vêm surgindo,

Só a infância nos dá num viver brando.
A morte, um doce adormecer sorrindo,
E um despertar pela manhã brincando.

R.S. Furtado

12 comentários:

  1. Um belo poema meu amigo e os pensamentos da infância segue-nos pela vida fora.
    Um abraço e boa semana.

    ResponderExcluir
  2. Quando mais a idade aflige,
    porque foi embora a infância
    deixou a caminho livre à velhice
    para se seguir com fé e esperança.

    Tenha um bom dia amigo Furtado,
    e continue com esperança escrevendo os seus belos poemas.
    Um abraço.

    ResponderExcluir
  3. Soneto significativo. As lembranças voltam sem que as busquemos. Elas são a Memória de vida e de saudade.
    Quem me dera ser (outra vez) criança!



    Abraço
    SOL

    ResponderExcluir
  4. Gostei muito deste soneto amigo.
    Amigo, a casa onde nasci ainda existe,
    embora inabitável.
    Desejo que se encontre bem.
    Um abraço
    Irene Alves

    ResponderExcluir
  5. Que linda poesia amigo
    Obrigada pelo carinho
    Beijos
    Lua Singular

    ResponderExcluir
  6. Um soneto soberbo.
    Me fez pensar. Me deu saudades...

    ResponderExcluir
  7. Olá Rosemildo

    Lindo poema, a minha infância foi maravilhosa, brinquei bastante junto aos meus irmãos e irmãs, momentos marcantes que guardo no coração. Desejo um belo dia.

    ResponderExcluir
  8. As verdadeiras amizades são como estrelas...
    Não as vemos todas as horas,
    mas sabemos que elas existem.
    E hoje dia do amigo estou aqui
    para te deixar um carinhoso abraço.
    Agradeço por fazer parte
    da minha caminhada.
    Deus abençoe vc sempre.
    Meu abraço e eterno carinho.
    Evanir.

    ResponderExcluir
  9. As doces recordações da infância.
    Lindo poema.
    Um abraço
    Maria

    ResponderExcluir
  10. OI ROSEMILDO!
    UM PASSEIO PELA INFÂNCIA COM MUITA DELICADEZA, PODENDO SER A DE QUALQUER UM DE NÓS.
    ABRÇS
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir

  11. Olá, Rosemildo,

    Infelizmente os bebês já estão nascendo com um celular na mão, os pais de hoje não querem ouvir choro, maânha e suportar birra dos seus filhos.

    Um abraço, paz e bem

    ResponderExcluir
  12. Poema cheio de saudades e ternura!
    Parabéns, amigo!
    Beijo.

    ResponderExcluir