CHÔRO
DE VAGAS
Não
é de águas apenas e de ventos,
no
rude som, formada a voz do Oceano:
em
seu clamor – ouço um clamor humano,
em
seus lamentos – todos os lamentos.
São
de náufragos mil estes acentos,
estes
gemidos, esse aiar insano;
agarrados
a um mastro, ou tábua, ou pano,
vejo-os
varridos de tufões violentos;
vejo-os,
na escuridão da noite, aflitos,
bracejando,
ou já mortos e de bruços,
largados
das marés, em ermas plagas...
Ah!
Que são deles estes surdos gritos,
este
rumor de preces e soluços
e o
choro de saudade destas vagas!
Alberto
de Oliveira
Leia
mais um belo soneto e a biografia do autor aqui:


Belo soneto!
ResponderExcluirAbraço e bom fim de semana,
Renata
Rosemildo
ResponderExcluirEstamos, de novo, sobre um belo soneto. Aliás a tua sensibilidade poética, é já por demais evidente.
Abraços
Belíssimo soneto!
ResponderExcluirAdoro os sonetos nos quais a Natureza personifica toda a espécie de sentimentos humanos, neste casa o oceano com os seus gritos , lamentos e saudade nas suas vagas.
Gostei muito.
xx
Oi amigo
ResponderExcluirTriste poesia, almas no mar!
Mas a poesia e espetacular como sempre as que coloca aqui
Beijos no coração
Lua Singular
MELANCÓLICO, PERO BELLO TEXTO.
ResponderExcluirUN ABRAZO
Escolheu um belo soneto de Alberto Vagas para conosco compartilhar, gostei muito, forte, triste, belo. abraços Luconi
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