A LUA NOVA
No
silêncio da cor, – treva silente –
Abriu-se
a noite mádida e sombria,
Logo
que o Sol, rezando: Ave Maria...
Fechou
no Ocaso as portas de oiro ardente.
A
terra, a mata, o rio a penedia.
Tudo
se fora pela treva e, rente
Ao
céu, ficou a lua nova algente,
Como
um sonho esquecido pelo dia.
Ela
assim foi: morreu; desde esse instante
Pálido
e frio, como a lua nova,
Ficou-me
entre as saudades seu semblante.
Mas,
ouve: quanto mais doida cresce
A
noite que me vem da sua cova,
Mais
branca e inda mais fria ela aparace.
Silveira
Neto
1872- 4 de novembro: Nasce em Morretes, filho de Manoel Azevedo da
Silveira Filho e Guilhermina Cordeiro de Miranda. Passou a infância
na cidade natal e teve a oportunidade de assistir a inauguração do
Engenho Central. Em Morretes estudou com o professor Líbero Teixeira
Braga, muda para Curitiba em 1879.
Escreveu o livro “Margens do Nhundiaquara”.
Classificado em concurso, foi nomeado praticante da Tesouraria da
Fazenda Federal em 27 de maio de 1891. Casou em 28 de janeiro de...
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Poesia linda, bem trazida e escolhida! A lua em todas as fases nos encanta! abração, lindo domingo e semana! chica
ResponderExcluirOlá, Rosemildo
ResponderExcluirMuito lindo este poema de Silveira Neto.
A lua é sempre inspiradora de belos poemas.
Um feliz Domingo.
Beijinhos
Um belo poema da grande tradição Romântica, na qual tudo o que é sombrio se une, vivifica ou morre perante os nossos olhos, como símbolo da nossa eventual tristeza e penumbra da alma. E a Lua como grande motivo de inspiração.
ResponderExcluirObrigada por dares a conhecer um autor totalmente desconhecido para mim.
Um bom domingo para ti!
xx
ResponderExcluirOlá.
Toda nascente, despeja, as águas do rio, na direção do Mar.
Rosemildo
ResponderExcluirMais um soneto, este de Silveira Neto. É sempre bom irmos bebendo o que há de bom de poesia. Temos assim a possibilidade de aprender algo com os que foram grandes mestres. O meu amigo tem um papel grande em os divulgar,
Um abraço de obrigado.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLá no céu a lua nova,
ResponderExcluirparece querer tocar a terra
me lembrei agora
quando a pomba branca
anunciou a fim da guerra
mas foi por pouco tempo
a guerra ainda não acabou
a dor é um tormento
se o amor é louco
a felicidade contentamento!
Resto de bom domingo, um abraço,
Eduardo.
Branca e fria....mas linda....
ResponderExcluirAbraço
MUY BONITA DEDICATORIA.
ResponderExcluirGRACIAS.
UN ABRAZO
Excelente escolha um poema lindo.
ResponderExcluirBeijinhos
Maria
Maravilhoso soneto cheio de saudade! A lua é mesmo inspiradora! Abraços e boa semana,
ResponderExcluirMais uma vez aqui estou para
ResponderExcluirler atentamente as suas explica-
ções sobre um poeta e a sua
poesia.
Desejo que esteja bem.
Bj.
Irene Alves
Oi Furtado, boa tarde,
ResponderExcluirNão conhecia esse autor,
e gostei de saber que ele nasceu em Morretes no Paraná.
A poesia falando da lua nova é muito bonita.
Bjs!
Lua Nova esconde o rosto,
ResponderExcluirPara poder regressar
Noutro dia, ao sol Posto,
Cheia de luz a brilhar.
Abraços
SOL