quarta-feira, 23 de julho de 2014

Zelo.


ZELO

De leve, beijo as suas mãos pequenas,
Alvas, de neve, e, logo,um doce, um breve,
Fino rubor lhe tinge a face, apenas
De leve beijo as suas mãos de neve.

Ela vive entre lírios e açucenas,
E o vento a beija, e, como o vento, deve
Ser o meu beijo em suas mãos serenas,
--Tão leve o beijo, como o vento é leve...

Que essa divina flor, que é tão suave,
Ama o que é leve, como um leve adejo
De vento ou como um garganteio de ave,

E já me basta, para meu tormento,
Saber que o vento a beija, e que o meu beijo
Nunca será tão leve como o vento...

Zeferino Brasil 
    

Antônio de Souza Zeferino Brasil nasceu em Porto Grande, município de Taquari, Rio Grande do Sul, em 24 de abril de 1870, sendo filho de João Antônio de Sousa e Tausta Carolina de Sousa. Estudou no Colégio Rio-Grandense em Porto Alegre no ano de 1883 e cursou a Escola Normal de Porto Alegre pela qual se diplomou professor... Leia mais aqui:

9 comentários:

  1. Que linda e com cuidadosas palavras ao amor!! abração, praiano,tudo de bom,chica

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  2. Oi Rosemildo
    Poesia cheia de amor e ciume.
    Adoro as poesias que traz aqui faz a gente reviver.
    Um beijo
    Lua Singular

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  3. Meu amigo um belíssimo poema cada verso um sentimento.
    A você meu amigo um abraço e todo carinho de sempre.
    Evanir.

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  4. Rosemildo, meu Amigo. Só tenho uma plavra para defenir este Soneto: DIVINO.


    Abraços


    SOL

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  5. Boa tarde Furtado!
    Não conhecia o autor.
    Achei o poema,
    muito bonito e
    delicado como uma flor.
    Bjs!

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  6. Um belíssimo soneto.
    Muito delicado, gostei.
    Abraço, caro amigo.

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  7. Meu amigo

    Mais um belo poema que adorei ler. Não conhecia o poeta.

    Um beijinho com carinho
    Sonhadora

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  8. Olá,

    Passei para lhe desejar: Bom tudo.
    Abraços

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