quarta-feira, 19 de junho de 2013

O vinho da Hebe.


 
O VINHO DE HEBE

Quando do Olimpo nos festins surgia
Hebe risonha, os deuses majestosos
Os copos estendiam-lhe, ruidosos,
E ela, passando, os copos lhes enchia…

A Mocidade, assim, na rubra orgia
Da vida, alegre e pródiga de gozos,
Passa por nós, e nós também, sequiosos,
Nossa taça estendemos-lhe, vazia…

E o vinho do prazer em nossa taça
Verte-nos ela, verte-nos e passa…
Passa, e não torna atrás o seu caminho.

Nós chamamo-la em vão; em nossos lábios
Restam apenas tímidos ressábios,
Como recordações daquele vinho.


 Raimundo Correia

Leia mais um belo soneto e a biografia do autor clicando aqui: 

Fonte: Poesia Parnasiana -- Antologia - Edições Melhoramentos.

Visite também:
 

http://arteemoes.blogspot.com.br/2010/01/ouro-sobre-azul.html

6 comentários:

  1. Muito linda essa poesia! Gostei! abraços,chica e tu sempre trazendo maravilhas!

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  2. Grande poeta que maravilha que tenhas voltado para nós pois os eternos nunca se vão para sempre...

    Belo poetar...lindo

    Beijos

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  3. Olá meu amigo,
    Sempre nos trazendo belíssimos
    exemplares e segue esse
    na oferenda do vinho,
    quando Hebe passa e passa,
    despertando a ânsia dum pouquinho...

    A poesia são águas que nunca acaba,
    um oceano estendido pelo mundo
    a fora, inspirando a quem passa...

    Beijinhos


    Livinha

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  4. Que linda essa poesia e sua edição ficou especial!bjs,

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  5. MUY INTERESANTE POESÍA.
    UN ABRAZO

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  6. Boa tarde amigo!

    Muito linda esta poesia,palavras,sentimentos que foram fluídos na sintonia de um copo de vinho,parabéns pelo talento!

    beijos

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