quarta-feira, 26 de junho de 2013

Auto-Retrato.




AUTO-RETRATO

Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno;
Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura;
Bebendo em níveas mãos, por taça escura, 
De zelos infernais letal veneno
Devoto incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
E somente no altar amando os frades,
Eis Bocage, em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades,
Num dia em que se achou mais pachorrento.
Bocage

Manuel Maria Barbosa du Bocage foi um poeta árcade precursor do Romantismo. Espírito aventureiro, boêmio, antimonarquista e anticatólico, foi romanticamente dominado pela ideia de sua vocação de poeta e do paralelismo de sua vida com a de Camões.
Alistou-se na marinha real e em 1786 embarcou para a Índia. Esteve em Goa, Damão e Macau. Nessa viagem, aportou no Rio de Janeiro. Em 1790, de volta a Portugal, adere à Nova Arcádia com o nome de Elmano Sadino, mas logo satiriza os companheiros e ocorre o rompimento.

Em 1797, sobretudo devido ao poema "Carta a Marília", cujo verso inicial é "Pavorosa ilusão de eternidade", recebe ordem de prisão. Após a condenação por impiedade e a estada nas masmorras do Limoeiro, nas da Inquisição, no claustro de São Bento e no convento dos oratorianos, Bocage se conforma Manuel Maria Barbosa du Bocage foi um poeta árcade precursor do Romantismo. Espírito aventureiro, boêmio, antimonarquista e anticatólico, foi romanticamente dominado pela ideia de sua vocação de poeta e do paralelismo de sua vida com a de Camões.

Alistou-se na marinha real e em 1786 embarcou para a Índia. Esteve em Goa, Damão e Macau. Nessa viagem, aportou no Rio de Janeiro. Em 1790, de volta a Portugal, adere à Nova Arcádia com o nome de Elmano Sadino, mas logo satiriza os companheiros e ocorre o rompimento.

Em 1797, sobretudo devido ao poema "Carta a Marília", cujo verso inicial é "Pavorosa ilusão de eternidade", recebe ordem de prisão. Após a condenação por impiedade e a estada nas masmorras do Limoeiro, nas da Inquisição, no claustro de São Bento e no convento dos oratorianos, Bocage se conforma às convenções morais e religiosas da época e se retrata. Leia mais aqui:


Fonte: Wikipédia.


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6 comentários:

  1. Linda poesia e hoje fostes lá pro passado.Legal! abração,chica

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  2. ╮✿✿ °•.¸
    Passei para uma visitinha.
    Estava com saudade do seu blog.
    Um ótimo dia!

    °º✿
    ❤♫ Beijinhos.
    °º♡

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  3. Vc sempre trazendo grandes poetas e pensadores para nós!Muito linda sua poesia e maravilhosa homenagem!bjs,

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  4. Hoje vim te convidar a visitar o FOLHAS DE OUTONO através do Poema LENTES DO MEU OLHAR!
    Que pode ser considerado uma arte,mas que na realidade revela o movimento que tem o teu olhar.
    Peço desculpas por não poder deixar comentário,mas te espero lá para falar de vida e de lente que faz reinar a beleza da luz ...
    bjs e até minha volta recuperada !

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  5. Oi Furtado!Voltei hoje pra dizer que tem poesia sua no meu blog Recanto dos autores.Segue o link se quiser ver:

    http://recantodosautores.blogspot.com.br/2013/06/sao-joao-da-minha-terra.html

    bjs,

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  6. Belíssimo poema, digo da irreverência do autor Bocage, boêmio, talvez um rebelde d'outros tempos,
    com seu feitio romântico.
    Não sei, palavras minhas pelo que assim o compreendi, embora de forma alguma o encaixe de qualquer critica pelo que bem compreendo o jeito de cada um, pois que assim por vezes me pareço...
    Palavras libertinas do que se sabe, copioso em abundância pelo que se é...

    Não conhecia um só poema dele e sabe que eu gostei...

    Beijos meu grande amigo
    Logo retornarei...

    Livinha

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