REGRESSO DOS CONTRATADOS
Bandeiras sem cores
Tremulam ao vento...
Passa o camião
onde vozes cantam.
São homens que voltam.
E o sonoro canto
vai longe... longe
às cubatas sós
onde mães esperam.
Bandeiras desejos
Tremulam ao vento...
E as vozes deixam
na esteira dura
com o pó da estrada
cantos de renúncia.
E tremulando sempre
Bandeiras sem cores
Agitam desejos.
Nas sanzalas
Nascem vagidos novos!
Arnaldo dos Santos
Arnaldo Santos é natural de Luanda onde nasceu em 1935. Fez os estudos primários e secundários em Luanda. Na década de 50 integrou o chamado "grupo da Cultura". Colaborou em várias publicações periódicas luandenses entre as quais a revista Cultura, o Jornal de Angola (da década de 60), ABC, Mensagem da Casa dos Estudantes do Império. É membro fundador da UEA. Passou a infância e a adolescência no bairro do Kinaxixi, topónimo que ocupa um lugar privilegiado na sua produção narrativa. Aos vinte anos de idade publicou a sua primeira colectânea de contos Quinaxixi. Com o livro de crónicas Tempo do Munhungo, arrebatou em 1968 o Prémio Mota Veiga, um dos poucos atribuídos em Luanda, na década de 60 e 70. Arnaldo Santos é um autor que se situa num nível singular de tratamento da linguagem. É um preciosista na depuração do texto narrativo curto e de todos os seus recursos e elementos. Daí que a sua ficção narrativa não tenha conhecido até à década de 90, variações para além do conto (Kinaxixi), crónica (Tempo do Munhungo) e novela (A Boneca de Quilengues). No dizer de Jorge Macedo, ele usa " lexias-kimbundo no interior de um português de luzidia correcção". O seu nome é uma referência incontornável, associada àquele minimalismo narrativo que, nas gerações seguintes, encontraremos em Boaventura Cardoso. É um dos poucos narradores que evidencia elevado sentido de rigor na selecção dos tipos de personagens. Na sua obra inicial, reconhecemos traços caracteriais de uma perfeita articulação da psicologia das personagens a esse espaço urbano de Luanda que obedece à lógica e história predominantemente autóctones.
Fonte: www.nexus.ao/kandjimbo


siempre es un gusto visitar tu espacio.
ResponderExcluirun abrazo
Mais uma poesia linda e bem escolhida e ainda, acompanhada da bografia do autor. Legal!abraços,chica
ResponderExcluirNão tenho do que comentar. Não gosto quando uma poesia me tira as palavras.
ResponderExcluirBeijooO*
Quaridso...agradeço seu carinho...
ResponderExcluirvoltando mas com calma...
bjks doce ♥
Que legal amigo smpre postando coisas interessantes, adoro estar por aqui, boa semana pra vc.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBelissimo poema meu amigo,,,um forte abraço de bom dia pra ti.
ResponderExcluirPor um momento sai de mim...
ResponderExcluirBeijosssssssssssssss
Olá amigo
ResponderExcluirPoema e imagem se casam perfeitamente. Amei.
Abração
Volta para casa,
ResponderExcluirsempre o anseio,
de entre seios,
nos manter acalorados...
Lindo poema meu amigo
Noite de paz pra ti e os teus
Bjs
livinha
Ola querido amigo
ResponderExcluirVim lhe ver e me desculpar pela ausencia!Logo eu que gosto tanto de comentar mas no momento,to mesmo sem palavras.Acho que sem forças ainda!
Meu coraçao esta com um corte enorme e nao sei qdo vai cicatrizar.As coisas da vida as vezes nos massacram,ainda bem que temos Deus pra nos socorrer e o apoio dos amigos,claro!
Obrigada por suas palavras de força!
Lindo texto como sempre!!
Beijos
Furtado,tava ja com sds daqui e de suas belas escolhas poeticas.
ResponderExcluirMuito lindo o poema.
abracos...