segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Infância.


INFÂNCIA

Não mais existe, a casa em que passei,
Meus descansados dias de criança.
O parreiral, que em sua sombra mansa,
Minhas primeiras lições estudei.

O jardim em flor - grata lembrança -,
Onde azuis borboletas eu peguei.
O cajueiro que em alta trança,
Sem temor tantas vezes me embalei.

O trajeto da vida hoje eu seguindo,
As mortas ilusões eu vou deixando.
Enquanto vagos sonhos vêm surgindo,

Só a infância nos dá num viver brando.
A morte, um doce adormecer sorrindo,
E um despertar pela manhã brincando.

R.S. Furtado

7 comentários:

  1. A infância passa, mas a criança fica dentro de nós e ajuda a viver e encarar a vida! Linda poesia! abração, ótima semana,chica

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  2. Bom dia de serenidade, Furtado!
    A infância nos impulsiona a vivermos leves até o fim.
    Tenha dias tranquilos!
    Abraços fraternos de paz e bem
    🙏🙏🙏

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  3. Olá, Rosemildo!

    Ah, nossa casa de infância, a gente nunca mais esquece! Tinha tudo para nos fazer felizes.
    Adorei a descrição do cenário, que envolve o poema.
    Morte, que nada! A vida continua com as características dos "enta".

    Beijos e boa semana.

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  4. Se a infância se foi, restaram belos versos contemporizados. Um abraço, Yayá.

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  5. Às vezes também recordo com saudades dos momentos passados na infância, na casa da vó. Tudo parecia tão simples, tão diferente, tão divertido...

    Abraços e dias felizes.

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  6. O tempo da infância é inesquecível. Tudo era brincadeira. Hoje, levamos a vida demasiado a sério...
    Gostei do seu soneto, é brilhante.
    Caro Furtado, um bom fim de semana. E bom Carnaval.
    Abraço.

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