UM
EX-CAMPEÃO
Sentado
numa ponta de calçada,
Um
velhote que em tempos que lá vão.
Da
conquista foi forte campeão,
Contempla
com espanto a pequenada.
Que
ali passa, exubera e desafia,
Mas
o velhote apenas se arrepia.
Que
tentação tremendamente roxa,
Como
era no seu tempo diferente!
Por
mais audaz que fosse o insolente,
Não
via perna, e muito pior vê coxa.
Com
a delícia da saia joelho acima,
Ele
se agita, mas já não se anima.
Recorda
a sua mocidade ardente,
Que
dele, a muito, está distanciada.
Busca
então seu torrado lentamente,
E,
por desforra, cheira uma pitada.
R.S.
Furtado.
Triste e tão lindos versos ,Rosemildo! Bela e profunda tua poesia...As coisas perdem o sentido... abraços praianos,chica
ResponderExcluirA velhice pode ser triste e amarga, amigo.
ResponderExcluirAbraço
Um belo poema sobre o Inverno da vida.
ResponderExcluirGostei amigo Rosemildo.
Um abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Nostálgicos versos pero muy bellos, te felicito por ellos.
ResponderExcluirBesos.
Boa tarde Furtado!
ResponderExcluirMuito lindo o poema, triste mais é uma realidade.
Boa semana!
Abração!
E existe tantos exs campeões por essas esquinas da vida...
ResponderExcluirBoa entrada de semana.
Abraços.
Quanta dor e solidão pode trazer o envelhecer.
ResponderExcluirProfundo e belo poema
Um abraço
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Um poema triste, mas o "homi", mesmo velho ainda se agita, qdo vê coxa, portanto, nem tudo está perdido (rs).
ResponderExcluirA mocidade já passou há muito e decerto que durante essa fase, ele talvez tenha "pintado o sete".
O que significa torrado, aí? Aqui, é algo que está tostadinho e por vezes, um pouco queimado.
Beijos e boa semana.
Não nego que envelhecer dói, por vezes desanima, mas temos uma capacidade de ir nos adaptando lentamente, como vem a velhice, lenta, vai levando a generosidade da juventude, mas dá pra ir se acomodando, diminuindo a marcha de tudo. E chega um momento que até queremos dizer: basta. Quero poder levar e dizer meu basta lá pelos 100 anos!
ResponderExcluirBeijo, amigo!
Tudo passa... tudo cai...
ResponderExcluirOI ROSEMILDO!
ResponderExcluirA JUVENTUDE PASSA, MAS, DEIXA LEMBRANÇAS.
ABRÇS AMIGO
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
A velhice pode ser bem dolorosa.
ResponderExcluirNão há melhor forma de envelhecer do que manter a juventude até ao fim, ainda que seja apenas mental.
Magnífico poema, gostei imenso.
Bom fim de semana, caro Furtado.
Um abraço.
Velho, mesmo velho, é Homem que sente. O que a Vida lhe dá pode ser miserável, mas dentro de si "ainda se sente campeão".
ResponderExcluirAbraço
SOL
Boa tarde Furtado,
ResponderExcluirUm poema que faz uma leitura
tão real.
Há muitos nessa situação:
outrora foram campeões da conquista
e hoje vivem na solidão...
Bjs!