sábado, 25 de outubro de 2014

Rosas.


ROSAS

Rosas que já vos fostes, desfolhadas
Por mãos também que já se foram, rosas
Suaves e tristes! rosas que as amadas,
Mortas também, beijaram suspirosas...

Umas rubras e vãs, outras fanadas,
Mas cheias do calor das amorosas...
Sois aroma de alfombras silenciosas,
Onde dormiram tranças destrançadas.

Umas brancas, da cor das pobres freiras,
Outras cheias de viço e de frescura,
Rosas primeiras, rosas derradeiras!

Ai! quem melhor que vós, se a dor perdura,
Para coroar-me, rosas passageiras,
O sonho que se esvai na desventura?

Alphonsus de Guimaraens
 

Leia mais um belo poema e um resumo da biografia do autor aqui:


6 comentários:

  1. ME GUSTA VENIR AQUÍ, PORQUE LOS TEXTOS SON CALIDAD. GRACIAS POR COMPARTIR.
    UN ABRAZO

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  2. Primoroso soneto. Sempre se ganha vindo aqui.
    Bom fim de semana junto aos seus.
    Abraço,
    Renata

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  3. Oh, que soneto lindo! Obrigada por compartilhar. Bjs

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  4. um grande escritor e mais uma bela escolha sua. O soneto é magnífico. Rosas vivem pouco, tão pouco como o sonho que se perde e cujo fim nos traz a desventura. Abraço.

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  5. Um soneto tão belo quanto o são as rosas.
    Beijinhos
    Maria

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  6. Oito anos apenas contava,
    ainda, era pouca a idade
    frequentaria a escola e brincava
    terá, desse tempo, saudade?

    Desejo para você amigo Furtado,
    uma boa noite, um abraço.
    Eduardo.

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