ÁRIA
NOTURNA
Da
janela em que olhando para fora,
bebes
da noite o incenso a longos tragos,
claro
escorre o luar... Em sonhos vagos,
atrás
da sombra espreita, rindo, a aurora...
Longe
uns dolentes, músicos afagos,
sentes?...
Não é o rouxinol que chora
nas
balsas, nem o vento que desflora
a
toalha friíssima dos lagos...
É
ele; e vaga toda a noite, enquanto
o
luar macilento e o campo flóreo
tressuam
mole e pérfido quebranto...
Não
lhe ouças, filha, o canto merencório!
Fecha
a janela e foge, que esse canto
vem
da guitarra de D. Juan Tenório!
Raimundo
Correia
Leia
mais um belo soneto e um resumo da biografia do autor aqui:
Muito linda! Gostei de ler!! abração,tudo de bom,chica
ResponderExcluirEspreita as estrelas pela janela,
ResponderExcluirno céu azul estão a brilhar
será linda a cor dos olhos dela
lindos castanhos estou a imaginar!
Área noturna, poema,
na noite dos sonhos vagos
de cabelos pretos, moça morena
nas pés não tem sapatos!
Na noite escura afagos...
sentada no parapeito da janela
desejosa de beijos e abraços
não sei se será nisso que pensa ela?
Desejo um bom dia para você amigo Furtado, um abraço.
Eduardo.
Um lindo soneto, com uma bela linguagem erudita.
ResponderExcluirAbraço
Oi, amigo
ResponderExcluirUma bela poesia para despertar para a vida
Abç
Lua Singular
Eu gosto de apreciar os céus da janela =)
ResponderExcluirEu gosto de apreciar os céus da janela =)
ResponderExcluirAaah, um soneto muito belo, inspirado no drama romântico de Juan Tenório!
ResponderExcluirAviso de pi é aviso de pai, e quem te avisa teu amigo é...:-)
Gostei muito deste e do outro soneto deste juiz de Vassouras, falecido em Paris, mas felizmente os restos mortais voltaram ao país.
xx
As escolhas que vais fazendo, "desvendam" um Mundo de Raras Poesias. Este Soneto, Amigo, é soberano e belo.
ResponderExcluirAcho que a Poesia do "antigamente" tem muita consistência linguística a par do encanto que nos mostra.
Abraços
SOL
UN POEMA LLENO DE ROMANCES.
ResponderExcluirUN ABRAZO
Você nos enriquece, trazendo autores tão talentosos ao seu espaço. Um poema brilhante. Abraço.
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