segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Bêbado.



BÊBADO

A vista turva, o crânio atordoado,
Nada o entristece nem tampouco o encanta.
Tomba, tropeça, cai e se levanta,
Vai cair mais distante, do outro lado.

Julga que a bebedeira. O desgraçado,
Os seus desgostos trágicos espantam.
Esbraveja, sorri, às vezes canta,
Talvez algum lampejo do passado.

Vive, e, não sabe ao certo se tem alma,
Fogem-lhe os dias, e ele jamais sente,
Ruir-lhe do vício o cansaço tão voraz.

Se acaso, o sono, o cérebro lhe acalma,
Ele após despertar, pensa somente,
Em ir para a taverna beber mais.

R.S. Furtado

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9 comentários:

  1. Fizeste uma poesia linda falando desses pobres homens que nem sabem se vivos estão...abração,ótima semana,chica

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  2. Bom dia amigo!Vim dar uma espiadinha em seu cantinho, e desejarum inicio de semana mara pra vc!


    Beijossssssssss

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  3. Perfeito o soneto meu amigo!

    Quanto ao bêbado, coitado!Quanto mais bebe mais encontra motivos pra beber!

    Beijos!



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  4. Alienados e loucos...fora do ar,,,do mundo...mas estão por ai,,,abraços meu amigo e uma bela noite pra ti...

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  5. Meu querido amigo

    Um lindo poema que descreve uma triste realidade que infelizmente destrói tantos lares.

    Um beijinho com carinho
    Sonhadora

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  6. Uma triste realidade tão bem descrita neste brilhante poema.
    Não sei o que se passava mas não conseguia aceder aos seus posts, hoje deu tudo certinho.
    Boa semana meu amigo.
    Beijinhos
    Maria

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  7. Meu amigo passando para desejar um excelente fim de semana e deixar um beijinho.
    Maria

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  8. Vício - uma das piores tragédias do homem! Tudo vai pelo ralo: família, trabalho, dignidade, sonhos... Difícil a cura. O cérebro nunca brinca... ele comenda e sabe o ponto certo da fraqueza.

    Abraços, Rosemildo.

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