sábado, 11 de fevereiro de 2012

Como posso eu amar-te, se nem sei.


COMO POSSO EU AMAR-TE, SE NEM SEI 

Como posso eu amar-te, se nem sei 
como à porta te chamam os vizinhos, 
nem visitei a rua onde nasceste, 
nem a tua memória confessei. 
Que vaga rima me permite agora 
desenhar-te de rosto e corpo inteiro 
se só na tua pele é verdadeiro 
o lume que na língua se demora... 
Não deixes que te enganem os recados 
na infernal gazeta publicados 
que te dão já por escultura minha; 
nocturno frankenstein, em vão soprei 
trombas de criação, e foste tu 
quem me criou a mim quando quiseste. 

António Franco Alexandre 


António Franco Alexandre (Viseu, 1944) é um matemático, filósofo e poeta português. Viveu na França, de 1962 a 1969, na cidade de Toulouse, onde estudou Matemática. Viajou para os Estados Unidos, onde continuou a estudar. Em 1971, mudou-se para a cidade de Paris. Apenas depois da Revolução dos Cravos retornou a Portugal. B.Sc. em Matemática pela Universidade de Harvard e doutor em Filosofia pela Universidade de Lisboa, desde 1975 leciona Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A sua poesia tem conquistado cada vez maior reconhecimento crítico. Quatro Caprichos recebeu o Prémio APE de Poesia e o Prémio Luís Miguel Nava; Duende ganhou o Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus e o Prémio Correntes d'Escritas

Fonte: Wikipédia.   

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8 comentários:

  1. Olá Rosemildo,
    Lindo este poema. Brilhante e um pouco melancólico, porém belo.
    Amigo, quero convidar-te para conhecer meu novo blog RECANTO DA POESIA, onde ensaio alguns trabalhos poéticos.
    Seria uma honra recebê-lo e eu ficaria imensamente feliz com sua presença. Espero que gostes.
    Um ótimo final de semana para você e
    um grande beijo.
    Maria Paraguassu.

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  2. Como amar se não me creio
    se não conheço de onde veio
    nem endereço tenho por inteiro...

    Quem seria se não a deusa da
    poesia, aquela ligada aos cânticos
    da lua, no calor do sol o seus desejos...

    Belíssima composição
    o que por vezes não se sabe o que vai na alma de um poeta,
    mas saber que se exalta em festa
    a pureza de suas ilusões...

    Pleno

    Feliz domingo pra ti
    e os teus meu amigo

    Livinha

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  3. Bela poesia... romântica e bela!
    Boa semana!
    Beijinhos.
    Minas

    (⁀‵⁀,)
    ¸`⋎´
    ¸.•°`♥

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  4. Uma bela semana pra ti meu amigo...abraços.

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  5. Lindíssima poesia. Adorei o post! Abraços

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  6. Excelente escolha meu amigo um poema maravilhoso.
    Bom restinho de domingo e uma excelente semana.
    Beijinhos
    Maria

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  7. EL AMOR ES ASÍ DE CONTRADICTORIO.
    UN ABRAZO

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  8. Pra você!
    Um ramalhete
    Com rosas e alecrim
    Nele, fitas de afetos
    Em laços de bem querer,
    Um sorriso em cada pétala
    Um bilhete de paz
    Pra tua vida ...
    E um pedido!
    Jamais se esqueça de mim

    ¬Sirlei L. Passolongo¬

    Beijos e meu carinho sempre...M@ria

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