domingo, 24 de maio de 2009

A ofensa e o perdão

A ofensa e o perdão
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Por impositivo autodireciomento psicológico, oriundo da mais profunda manifestação de nossa consciência interior, percebemos que os nossos erros se fixam em nós como desagradáveis entulhos mentais.

Ter o real conhecimento interior de haver errado, ofendido a alguém e se posicionar seriamente arrependido já se constitui um progressivo avanço na escala da constante aprendizagem humana.

Quem, ao ser atingido por uma proposital e infame atitude de ofensa, ao se posicionar de forma reflexiva e sensata, certamente conseguirá obter uma segura e proveitosa orientação íntima. Quando, ao se sentir atingido por algum gesto ou ato torpe, é necessário com resignação e coragem moral suportá-lo, usando naturalmente toda a nossa fortaleza interior.

O sentimento do perdão passa por um longo processo de profundas ilações e sérias maturações psicológicas. Nesses segmentos mentais se fundamentam as bases do nosso constante autoaperfeiçoamento moral e espiritual. Alguém que com muito bom senso, em total pureza de íntimo sentimento, já aprendeu a difícil arte de perdoar, consequentemente se elevou um pouco na progressiva escala da evolução humana.

Enfrentamos os nossos erros e adequadamente procurarmos resolvê-los é nos acrescermos em elevados níveis de novos e valiosos conhecimentos. Cada nova experiência nos induz – se elevada – ao enriquecimento moral de duradoura expressão. A autoaceitação dos nossos erros, numa atitude ética de alto nível, proporciona-nos a livre e pura manifestação da nossa consciência interior. E, sem dúvida, nos conduz a melhoria dos nossos conhecimentos.

Quem, com o negativo sentimento de ódio, se impulsiona a ofender, demonstra ter uma péssima formação moral e espiritual. E um enorme autoatraso social, mental e psicológico.

Todo aquele que, por instintiva e forte compunção interior, verdadeiramente perdoa, intimamente não guarda nenhum resquício da autodestruidora chama do ódio. Ao se perdoar a alguém, positivamente alcançamos em nós mesmos a mais pura harmonia e a mais completa paz.

Quem, com inteira isenção de ânimo perdoa, não se sente autoestimulado a alardear ou se vangloriar do indulto concedido a alguém. Quem, quando ofendido, vai à desforra, se nivela e, muitas vezes, se rebaixa além do nível de quem o ofendeu. Quem, vingando-se, lança-se a retaliações pessoais, em hipótese nenhuma tem condições morais para se autoatribuir melhor do que aquele que o ofendeu.

O sublime ato do perdão a quem nos tenha ofendido é sempre muito difícil. Mas, nos dá o altivo sentimento de que nos elevamos. E, de fraco que somos, nos tornamos fortes, reconhecendo os nossos erros, para melhor saber perdoar os erros dos outros. Perdoar é um processo de maturação da nossa consciência interior que precisamos cultivar e sempre usar em nossa vida.

Otacílio Negreiros Pimenta
In Memorian

7 comentários:

  1. Infelizmente, Rosemildo, reconhecer o próprio erro e pedir perdão nem sempre é suficiente para obtê-lo. Só mesmo o tempo consegue apaziguar certos corações!
    um abraço
    Sueli

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  2. É, parece que Sueli tem razão...

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  3. Olá querido.
    Bom, acho que estamos na fase de escrever sobre o perdão, eu ja escrevi, alguns blogs que sigo ja escreveram... Todos sempre com o mesmo significado.
    Eu por exemplo passei por momentos dificeis, porém com a ajuda de amigos, familiares e de Deus, eu perdoei de coração aquela pessoa que tanto me fez mal e que tanto me prejudicou com outras pessoas.
    E eu ainda, pedi meu perdão a ela e sabe o qual foi a resposta dela... Eu não posso te perdoar. Engraçado né, eu pedi perdão para quem me " tirou a vida ", e na verdade quem deveria ter feito isso era ela.
    Mas isso não me importa mais, pois a minha parte eu fiz, e estou muito feliz comigo mesma, por ter tido a iniciativa, por ter passado por cima do meu orgulho e por poder perdoar. Isso me fez um bem danado, foi como ter tirado um nó da guarganta e tirado uma pedra do coração. Resumindo, o PERDÃO só faz bem, e feliz daquele que consegue.
    Semana iluminada pra ti amigo.

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  4. Olá... to passando para agradecer sua visita, e esse texto me chamou atenção. Muitas pessoas acham que o perdão não e suficiente, de certa forma eu não discordo, mas se isso não for o suficiente o que vai ser?! Só o perdão e o reconhecimento dos nossos erros, que podem tirar todo esse peso que a vida coloca sobre nossos onbros, pelo erros que cometemos. Então pra mim o perdão e sim uma grande estrada curta e estreita, mas que se passarmos por ela, seremos mudados para sempre.

    Bjs... to adorando os textos.

    Ps: Excluir o outro coméntario pq tinha uns eros grámaticais...rs.

    Beatriz

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  5. Rosemildo ,
    Hooje passei horas passeando nesse castelo de sonhos poéticos!
    gostaria de ler um a um , mas infelismente o tempo é pouco querido!
    E falando sobre o perdão... perdoar é uma das mais dificíes tarefas, pq não é apenas dizer... perdoei... não, é preciso isentar o coração da mágoa que está escondinha relutando, e concordo com a Sueli, o tempo é oo melhor remédio, prém enquanto o tempo age, devemos colocar em mente que a ira , a mágoa apenas faz mal!
    Grande postado!

    Seu trablaho é digno da máxima apreciação.

    Bjs meus !
    Diná

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