quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Ao luar.

   
 
AO LUAR

Os santos óleos, do alto, o luar derrama...
Eu, pecador, ao claro luar ungido,
Sonho: e sonhando rezo comovido
E arrebatado na divina chama.

Deus piedoso, consolo do oprimido,
Se compadece, à voz que ardente clama,
Porque meu coração, impura lama,
É um brado intenso para os céus erguido!

E o divino perdão desce da altura:
Grandes lírios alvíssimos florescem
Sob a lua, floresce a formosura...

E nessa florescência, imaculados
Raios londos do luar piedoso descem,
Choram comigo sobre os meus pecados.

Rodrigues de Abreu.


Leia mais um belo soneto e a biografia do autor aqui:

3 comentários:

AdolfO ReltiH disse...

MUY TRISTE TEXTO, PERO MUY BELLA GESTA.
UN ABRAZO

Anne Lieri disse...

Furado,que beleza de soneto neste luar! Obrigada por seu comentário em meu blog tb e importante pra mim são vcs,meus amigos! bjs e boa sexta!

Anônimo disse...

Muito bom, gostei bastante.