quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A Montanha encurralada.




A MONTANHA ENCURRALADA

Sempre foste para mim conforto e pena
Hoje só resta em ti o meu lamento
No derruir que só teu corpo encena
Em vascas dores de feroz tormento.

Arrancam-te seiva, cor e sangue
O uberoso ventre se fez atro
Sem a riqueza férrea feita exangue
No devastar deste cruel teatro.

Chega a soluço a voz da passarada
No réquiem de tua voz adormecida
Coro sonoro proteção amada

Em que descia ar de pura fonte
Dos pétreos braços de encosta florida
Ao verde de teu belo-horizonte.

Elizabeth Rennó


Elizabeth Fernandes Rennó de Castro. Nasceu em Carmo de Minas. Possui o Curso de Graduação em Letras-Português-Inglês pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais. Especializou-se em Literatura Brasileira com o Curso de Pós-Graduação pela mesma Faculdade. Obteve o título de Mestre em Literatura Brasileira com a aprovação da dissertação A Aventura Surrealista de Lêdo Ivo: Invenção e Descoberta, em 1985. É Presidente Emérita da Academia Feminina Mineira de Letras; Presidente da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais, Sócia Efetiva do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais. Pertence às Academias de Letras de Itajubá, São João del-Rei, Conselheiro Lafaiete, Congonhas e é membro do Internacional Writers and Artists, OH, USA. Eleita por unanimidade para a Academia Mineira de Letras, tomou posse no dia 19 de outubro de 2004, em sucessão ao Acadêmico Caio Mário da Silva Pereira, na cadeira de número 21. Leia mais aqui:

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7 comentários:

chica disse...

Linda e cheia de sentimento a poesia daautora! Gostei deler! abração,ótimo dia! chica

Projeto de Deus 👏 disse...

Oi Rosemildo!

Um lindo poema, belíssima escolha!

Bjo amigo

Anne Lieri disse...

Que maravilhosa e comovente poesia! Parabéns pela escolha! bjs,

Carla Fernanda disse...

Minha conterrânea!!

Bela poesia!!

Beijos

Edum@nes disse...

A Montanha Encurralada
Acordou ao nascer do sol
Se despediu da madrugada
Embrulhada num lençol.

Do cacimbo orvalhada
Porque tanto era o frio
Dos olhos deixou cair uma lágrima
Para o mar correu pelo o rio.

A montanha agradeceu
A calor do sol quente
Quando de manhã nasceu
A floresta ficou contente!

Amigo Furtado, desejo uma boa tarde para você,
obrigado pela visita, um abraço
Eduardo.

GERALDO RIBEIRO disse...

Olá Rosemildo,
Gostei muito do poema, pena que as montanhas estão sendo destruídas. Obrigado pela visita.
AH! Como faço para colocar anúncios no blog? SE puder me ensinar gostaria da sua ajuda.

Um abraço, paz e bem

Unknown disse...

Muito lindo o que aqui foi escrito na tua postagem,gostei bastante de ler. Beijinhos fofinhos e fica com deus!!