quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Mal de amor.



MAL DE AMOR 
 
Toda a pena de amor, por mais que doa,
No próprio amor encontra recompensa.
A lágrima que causa a indiferença
Seca-a depressa uma palavra boa!

A mão que fere, o ferro que agrilhoa
Obstáculos não são que Amor não vença
Amor transforma em luz a treva densa;
Por um sorriso, Amor tudo perdoa.
 
 
Ai de quem muito amou não sendo amado
E depois de sofrer tanta amargura
Pela mão que o feriu não foi curado...
 
 
Noutra parte há de em vão buscar ventura:
Fica-lhe o coração despedaçado,
Que o mal do Amor, só nesse Amor, tem cura.
 
Anna Amélia

Anna Amélia Queiróz Carneiro de Mendonça (1896-1971). Poetisa, tradutora e feminista carioca, teve seus poemas e crônicas publicados pelos mais importantes jornais do país. Atuou em defesa dos direitos das mulheres e nas iniciativas promovidas pela FBPF. Participou da Associação Damas da Cruz Verde que criou a maternidade Pró-Matre. Ajudou a fundar a Casa do Estudante do Brasil e a Associação Brasileira de Estudantes. Foi a primeira mulher membro de um tribunal eleitoral do país. Traduziu poemas do inglês, francês e alemão, inclusive duas peças de William Shakespeare. Foi a fundadora da Casa do Estudante do Brasil (CEB), juntamente com Pascoal Carlos Magno, localizada na Praça Ana Amélia, no Centro do Rio de Janeiro.

Nascida na então Capital Federal brasileira, filha do engenheiro e colecionador José Joaquim de Queiroz Júnior, Anna Amélia passou a infância no interior de Minas Gerais e foi educada por preceptoras brasileiras, inglesas e alemãs. Ao retornar ao Rio, passa a viver com a família na Estrada Nova da Tijuca. Casou-se com Marcos Carneiro de Mendonça, goleiro e historiador. A partir de 1944 o casal passou a residir em um palacete do século 19 no bairro do Cosme Velho, conhecido como "Solar dos Abacaxis", por conta dos adornos em ferro fundido que ainda hoje decoram a balaustrada das janelas frontais do solar. A mansão foi erguida em 1843 pelo bisavô de Anna Amélia, o comendador Borges da Costa.

Em seu segundo livro "Alma", em 1922, a poetisa introduziu o tema do futebol na poesia brasileira e colaborou a seu modo para difundir e popularizar esse esporte. Ensinava o jogo aos operários da fábrica de seu pai e dava instruções preciosas durante as partidas. Desde muito jovem era entusiasta do esporte: no seu 12º aniversário, pediu aos pais como presente, uma bola, uma botina de sola grossa e começou a treinar.

Fonte: Wikipedia.

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3 comentários:

Severa Cabral(escritora) disse...

BOM DIA MEU QUERIDO !
O POEMA TRADUZ A BELEZA POÉTICA E NA LITERATURA NOS ENGRANDECE.UMA SINGELA HOMENAGEM...
BJSSSSSSSSSS

chica disse...

Linda poesia e gostei da biografia e conhecer mais uma! Vale aprender com Rosemildo! abração,chica

Misturação - Ana Karla disse...

Simplesmente, adorei esse Mal de Amor.
Bom final de semana, Rosemildo.
Xeros