segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Em busca da panela de ouro.


          

  






EM BUSCA DA PANELA DE OURO

Meu amigo, onde vais com tanta pressa, 
correndo, trabalhando como um mouro
O que é que você tem com isso? Homessa
Eu vou em busca da panela de ouro... 
 
Eu peço-te perdão. Não interessa
tanto esforço à procura de um tesouro. 
Na tua idade a vida mal começa... 
Tu não passas, menino, de um calouro! 
 
E agora, transcorridos tantos anos, 
inda estamos correndo, — eu e ela, — 
tendo nas mãos um turbilhão de planos! 
 
Mas eu tenho pensado, minha bela, 
que nós sete, — uma turma de ciganos, — 
sempre vivemos dentro da panela!

Anderson de Araújo Horta 
 

Nasceu em Tombos, Zona da Mata mineira, em 30 de novembro de 1906. estudou na cidade natal, em Leopoldina e em Carangola; diplomou-se, em 1931, pela Academia de Comércio de Juiz de Fora e, em 1937, pela Faculdade de Direito da Universidade do Brasil, do Rio de Janeiro. Casou-se em Manhumirim, Minas Gerais, em 1934, com a poetisa Maria Braga. Pai do poeta Anderson Braga Horta.

Sempre advogou. Antes e depois de formado, lecionou (Inglês, Geografia e História) em Vila Boa de Goiás – no Liceu Oficial – e no Rio de Janeiro. Foi em 1945, chamado da antiga Vila Boa de Goiás por Pedro Ludovico para ocupar o cargo de Primeiro-Promotor Público em Goiânia. Em 1947, voltou ao Estado natal, onde continuou advogando. Em 1956, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, aí, ora advogando, ora lecionando. Em 1964, transferiu-se para Brasília, onde faleceu em 16 de junho de 1985. Deixou um romance inédito e grande número de poemas, alguns deles publicados em jornais, revistas e antologias. Saiu em 2004, pelas Edições Galo Branco, do Rio de Janeiro, o seu livro de poesia – Invenção do Espanto.

Fonte:www.antoniomiranda.com.br

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8 comentários:

chica disse...

Gostei muito de mais essa escolha! abração,linda semana,chica

Lau Milesi disse...

Olá Furtado! Sempre com excelentes posts.Não conhecia o autor da prosa tão atual. O que existe de gente que planeja, planeja e não executa...não é Furtado? Vendo por esse ângulo, me lembrou os cabeças pensantes do nosso país. Por outro lado, há jovens que correm mesmo com muita sede ao pote e acabam cansando também.
Um beijo,amigo,e parabéns por disseminar cultura.

Daniel Costa disse...

A FELICIDADE SÓ EXISTE, NO ACTO, DA SUA INCESSANTE PROCURA.
APRECIO SEMPRE OS RESUMOS BIOGRÁFICOS.

Abraços

Wanderley Elian Lima disse...

Oi amigo
Eu ainda vivo correndo atrás da panela de ouro. Quem sabe já estou dentro dela?
Abraço

Anônimo disse...

Una búsqueda que nunca acaba... aunque resulte difícil hallar la olla de oro.
Excelente poema compartido, te dejo un fuerte abrazo y te deseo un buen comienzo de semana!

Anônimo disse...

MUY DISIENTE POEMA...!!
UN ABRAZO

Anne Lieri disse...

Lindo e divertido soneto desse mineirinho que adorei conhecer.Bjs e boa semana,

Marcia M disse...

E por vezes o tesouro está mais perto do que se imagina...beijos!