quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Cigarra.


CIGARRA 

Amei a vida 
Como se fora um castigo 

Cantei-a 
Como se fora um feitiço 

Agora chora 
Esse canto calado 
Sacie-te a voz 
Agasalhe-te o pranto 

Que fizeste no Verão? 
Vendeste o teu canto? 

Não vendi 
Dei-o às aves 
A qualquer viandante 

Oh leva-me flores 
Quando já o meu corpo 
Caído não cante 

Daniel Faria 


Daniel Augusto da Cunha Faria nasceu em Baltar, Paredes, a 10 de Abril de 1971. Frequentou o curso de Teologia na Universidade Católica Portuguesa – Porto, tendo defendido a tese de licenciatura em 1996. No Seminário e na Faculdade de Teologia criou gosto por entender a poesia e dialogar com a expressão contemporânea. Licenciou-se em Estudos Portugueses na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Durante esse período (1994 - 1998) a opção monástica criava solidez. A partir de 1990, e durante vários anos, esteve ligado à paróquia de Santa Marinha de Fornos, Marco de Canaveses. Aí demonstrou o seu enorme potencial de sensibilidade criativa encenando, com poucos recursos, As Artimanhas de Scapan e o Auto da Barca do Inferno. Faleceu a 9 de Junho de 1999 quando estava prestes a concluir o noviciado no Mosteiro Beneditino de Singeverga. 

Fonte: http://www.antoniomiranda.com.br/ 

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9 comentários:

chica disse...

Linda poesia e também gosto de ouvir as cigarras!!!abração,lindo dia!chica

Everson Russo disse...

Um belo poema meu amigo, com sons de natureza...abraços de bom dia.

Severa Cabral(escritora) disse...

Bom dia meu vizinho querido!
Amo o cantar das cigarras ...me traz lembranças de infância´...
Eu tenho um poema que fala das cigárras,breve postarei e á te dedicarei,se quizeres óbvio!
Bjs de um bom dia!

Hana disse...

O canto da cigarra, é lindo, mesmo que triste. Que poeta com asas com alma de anjo para fazer um poema assim.
Vc não sabe o quanto vale a pena vir aqui, e sair com o canto da cigarra em meu coração, vou seguir o exemplo dela e doar um pouco do meu canto, mas de alegria para o meu próximo, cada vez mais, mas meu conto nunca ficará triste, mesmo que eu doe, ele nunca acabará.
Com carinho
Hana

Anônimo disse...

MUY DESOLADOR TEXTO!!!
UN ABRAZO

Evanir disse...

Hoje estou aqui para agradecer sua amizade .
E desejar um Santo Natal a você e sua familia preciso acarinhar minhas lindas
amizades fico temerosa de deixar alguém sem passar no blog.
Esta postado no meu blog um presente de Natal feito com muito carinho.
Caso gostar esta a seu dispor e louvo a Deus pelo previlégio de conhecer você.
Que perdure para sempre esse carinho essa amizade tão linda te amo ..te amo..
Beijos no coração .
FELIZ NATAL..
Vou continuar te seguindo e te amando sempre.
De mãos dadas rumo ao futuro.
Evanir

AFRICA EM POESIA disse...

Neste natal
O meu beijo amigo e o desejo de Paz e saúde




Hoje...
Caminhei pela rua...

Vi luzes...
Vi fantasia...
Vi muitos embrulhos...

E pensei...

É Natal...

Segui e continuei...
A ver luzes...
A ver fantasia...
A ver presentes...

Mas...

Não vi Natal...
Não vi Jesus...
Não vi Maria...
Não vi José...

Não vi o principal...
Senti o esquecimento...

Da união...
Da família...
Do Amor...

E continuei a caminhar...

E vi bolos...
E vi iguarias...
E vi beleza...

E gostei de sentir...
O cherinho de Natal...

Mas...
Continuei a caminhar...
E a pensar...

Natal,
Será de todos?

E vi logo que não...
Milhares de crianças...
Milhares de homens...

Nesta vida...
Nunca saberão...

O que é ser Natal...


LILI LARANJO

Roselia Bezerra disse...

Olá, Rosemildo
Ao ler o seu poem... as flores levadas no final... tomaram cor e perfume mais lindos...
Goto de amizade pelo que significou...
Abraços fraternos de paz

chica disse...

Voltei pra reler!!abração praiano,chica