segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Já foste rico e forte e soberano.


JÁ FOSTE RICO E FORTE E SOBERANO 

Já foste rico e forte e soberano, 
Já deste leis a mundos e nações, 
Heróico Portugal, que o gram Camões 
Cantou, como o não pôde um ser humano! 

Zombando do furor do mar insano, 
Os teus nautas, em fracos galeões, 
Descobriram longínquas regiões, 
Perdidas na amplidão do vasto oceano. 

Hoje vejo-te triste e abatido, 
E quem sabe se choras, ou então, 
Relembras com saudade o tempo ido? 

Mas a queda fatal não temas, não. 
Porque o teu povo, outrora tão temido, 
Ainda tem ardor no coração. 

Saul Dias 


Saul Dias, poeta e artista plástico português, de nome verdadeiro Júlio Maria dos Reis Pereira, nascido a 1 de novembro de 1902, em Vila do Conde, e falecido a 17 de janeiro de 1983, na mesma cidade. Formou-se em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia do Porto. Conviveu, por intermédio do seu irmão, José Régio, com alguns dos nomes que integraram a geração da Presença. Conhecido sobretudo como artista plástico, sob o nome de Júlio, os seus quadros foram expostos em inúmeras exposições individuais e coletivas, editou dois álbuns de desenhos (Música, Domingo), ilustrou as suas obras poéticas e as de outros poetas presencistas. Como poeta e como artista, colaborou em diversas publicações, como Presença, Revista de Portugal, Sudoeste, Atlântico, Távola Redonda, Panorama, Vértice, Síntese, Cadernos de Poesia, Cadernos do Meio-Dia, O Comércio do Porto, Jornal de Notícias, Diário de Lisboa. Como poeta da geração da Presença, a poesia de Saul Dias, seu pseudónimo, comunga de caracteres associados a uma estética presencista, como a obediência à sinceridade e ao "coração" ("É só com sangue que se escrevem versos."), o subjetivismo ou o influxo do expressionismo. Linguagem icónica e palavra poética assumem, na obra deste autor, uma complementaridade, seja por uma poesia que investe reiteradamente nas sensações cromáticas e sinestésicas, no visualismo das cenas e imagens feminis evocadas, seja por uma obra pictórica que consagrou a figura do "Poeta", num todo que se distingue pela delicadeza, pela simplicidade quase onírica, por uma visão ao mesmo tempo encantada, melancólica e levemente amarga da realidade. Da sua poesia, que trata liricamente temas como a adolescência e a vida da província, destacam-se as obras Mais e Mais... (1932), Tanto (1934) e Sangue (1952). 

Fonte: http://www.infopedia.pt/

A História da Literatura Mundial está no:

7 comentários:

chica disse...

Linda poesia tão atual...abraços,ótima semana,chica

Anne Lieri disse...

Furtado,adorei sua escolha!Realmente Portugal passa por momentos dificeis,mas o coração do povo portugues é forte e bravo!Não haverá nada que tire a beleza,a coragem e a história desse povo!Linda demais essa poesia!Bjs e boa semana!

Andradarte disse...

Assim o creio....
Abraço

Smareis disse...

oi Amigo Furtado. Uma bela poesia.A história sempre ficara no coração desse povo.O teu povo, outrora tão temido,
Ainda tem ardor no coração. Muito bonita.Essa semana te visito no Literatura.Desejo uma ótima semana cheia de muitas coisas realizadas.
Beijos !
Smareis

Lúcy Jorge disse...

Prezado Rosemildo.

Gostei muito da poesia.
E parabéns pelo blog!

Deixo o convite para visita, sinta-se a vontade para comentar.

http://frutodoespirito9.blogspot.com/

Ósculo Santo!

***Shalom***

Carla Fernanda disse...

Muito boa amigo!
Boa semana!
Carla

Kelen Strong disse...

Meu irmão me perdoe a distração em não ter te seguido, comentei e antes de sair me esqueci de entrar como seguidora.

Sua visita e comentário me alegrou muito. O seu espaço é muito aconchegante, fique a vontade pra sempre que quiser visitar o meu, também será uma honra, tê-lo como seguidor.

Ósculo Santo!

***Shalom***