quinta-feira, 7 de abril de 2011

Banhista.

 
BANHISTA
              Apenas
                em frente
               ao mar

                 um dia de verão -

                quando tua voz

                 acesa percorresse,

                  consumindo-o,

                 o pavio de um verso

                  até sua última
                 sílaba inflamável -

                 quando o súbito

                 atrito de um nome

                 em tua memória te

              incendiasse os cabelos -

               (e sobre tua pele

               de fogo a

               brisa fizesse

                 rasgaduras de água)
Carlito Azevedo



Carlito Azevedo (nascido Carlos Eduardo Barbosa de Azevedo; Rio de Janeiro, 1961) é um editor, crítico e poeta brasileiro.

Carioca da Ilha do Governador, Azevedo cursou a Faculdade de Letras na UFRJ, voltando sua atenção para a poesia francesa, a qual vem traduzindo regularmente. Conhece José Lino Grünwald que o apoia em sua estréia com o livro Collapsus Linguae (1991), com o qual ganhou o prêmio Jabuti. Em 1992 Antonio Carlos Secchin já destacava o fato de a estreia de Azevedo fornecer “elementos interessantes para uma reflexão acerca da formação cultural de nossos poetas”, em especial pelo fato de o poeta ter consciência de não se confundir com suas fontes próximas, a Poesia Marginal, a Poesia Concreta e a de João Cabral de Melo Neto, ainda essas fontes sejam facilmente identificáveis.

Em seguida publicou As Banhistas (1993), que tem como centro uma série de poemas com o mesmo título, que pode ser vista como o modelo de sua poética; Sob a Noite Física (1996); e Versos de Circunstância (2001). Em 2001, reuniu seus poemas na antologia Sublunar (1991-2001). Monodrama (2009) é seu mais recente livro de poesia.

É editor desde 1997 da revista de poesia Inimigo Rumor (mesmo título do livro Enemigo Rumor, de Lezama Lima), primeiro em parceria com o poeta Júlio Castañon Guimarães e posteriormente ao oitavo número com o poeta Augusto Massi. É coordenador da coleção de poesia Ás de colete.

Foi contemplado com a Bolsa Vitae de Literatura (1994/1995).

Fonte: Wikipédia.

8 comentários:

Anônimo disse...

Ah!!!!!
Que saudade do mar!
Bjs meu querido.

Rosane Marega disse...

Que linda escolha Rosemildo!
Beijossssss

chica disse...

Lindo e que vontade do mar... abração,chica

Everson Russo disse...

Muitos versos e muitos misterios existem no mar,,,é como o amor,,,profundo e sombrio...grnde abraço de bom dia pra ti amigo.

Carla Fernanda disse...

Muito bonito! Quando se ama, o amor está presente em todos os instantes.
Beijos,
Carla Fernanda

Wanderley Elian Lima disse...

Olá amigo
O mar como fonte de inspiração, sempre nos trás belos poemas. Gostei.
Abração

Sandra Gonçalves disse...

Lindo!
O mar tras sonhos e leva anseios de vida.beijos achocolatados

Valéria lima disse...

Tal como no manejo dos pincéis,esta tela daqui me recebeu traçando palavras, traços de uma finíssima e refinada sensibilidade. Agradeço.

BeijooO*