segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Soneto da noite branca.


SONETO DA NOITE BRANCA

No insólito do azul é melodia
a paz dos claros céus. Lua madura
modela imagens sobre a serrania,
e flui o tempo em lírica doçura

nas almas e nos sonhos. Noite pura
de silêncio esplendor, magma do dia.
(Antes que no torpor da angústia escura
brilhe a estrela da morte em fronte fria,

o tumulto das ânsias se asserena
e o coração aquieta a face nua,
pois, se pensa, também está sentindo;

é que não há, Pessoa, alma pequena
sob a noite solar: carne de lua
transluminosamente azuluzindo.)

Waldemar Lopes


Waldemar Freire Lopes foi um poeta brasileiro, nasceu em Peri-Peri, então município de Quipapá, hoje pertencente a São Benedito do Sul, estado de Pernambuco, no dia 01 de fevereiro de 1911 e faleceu em Recife no dia 21 de outubro de 2006.

Sua formação intelectual foi firmada em vários campos de atividades em Pernambuco, Rio de Janeiro e Brasília, onde atuou em jornalismo (ótimo cronista e revisor primoroso), literatura (criou e participou de vários grêmios e academias literárias), administração pública, economia, direito público internacional (esses últimos vividos na sua atuação profissional no IBGE e na OEA).

Como jornalista, teve atuação destacada no Jornal do Commercio (Recife), Associação de Imprensa de Pernambuco, A Noite (Rio de Janeiro), Revista Brasileira de Estatística, Revista Brasileira de Municípios e outros órgãos da imprensa brasileira.

No Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi Diretor da Secretaria-Geral, Secretário Geral do Conselho Nacional de Estatística, membro da Comissão Censitária e da Comissão Nacional de Política Agrária.

Na Organização dos Estados Americanos (OEA), onde atuou de 1954 a 1976, foi diretor de seu escritório no Brasil e representante de sua Secretaria-Geral junto ao Governo Brasileiro.

Desde sua residência no Rio de Janeiro, já recebia amigos (juntamente com sua esposa Iracy) nos sábados, para reuniões literárias informais, que foram denominadas Sabalopes. Essas reuniões persistiram até o dia em que foi hospitalizado, antes de sua morte.

Fontes: http://www.revista.agulha.nom.br/
             Wikipédia.

7 comentários:

Anônimo disse...

Humildade verdadeira resulta em tanto poder
da verdade e silêncio interno que você não
precisa dizer absolutamente nada com as palavras.

(Dadi Janki)


Feliz semana e beijos meus! M@ria

Líricas Imagens disse...

"Sem atenção, à deriva..
Pelo mundo, sem casa,
Sem hora, sem instante...
Alguém mora por mim
E eu existo longe... "

Dú♥Karmona®

Feliz semana e beijos meus! M@ria

Wanderley Elian Lima disse...

Um poema clássico, com todos os seus efeitos sentimentais. Adorei.
Grande abraço

Everson Russo disse...

Noite que tanto inspira...que tanto acompanha tantas e tantas vidas e poesias...abraços de boa semana pra ti amigo.

Valéria lima disse...

Vc não calcula como gosto de entrar aqui...transborda poesia, sensibilidade...

BeijooO*

Anônimo disse...

QUÉ DECIR... MARAVILLO ESCRITO, BELLO.
UN ABRAZO

JB disse...

Profundamento belo!

Uma tela liricamente bem pintada entre o azul e branco do céu!

Mais uma doce partilha!

Beijinho