segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Convalescente.


CONVALESCENTE

Volto de novo a vida, enfim respiro
como se nada houvera acontecido.
Agora o bosque, o lago, o meu retiro?
O riso em vez do pranto dolorido.

Voltam de novo as noites luminosas
Passadas ao luar alegremente.
Agora as meigas faces cor de rosa...
— Eis-me feliz, tranquilo, independente!

Tudo parece haver se transformado!
Tudo que eu vejo é novo e deslumbrante..
Em cada flor cintila um diamante...
Há mais amor, mais vida pelo prado!

Adolfo Caminha




Adolfo Ferreira Caminha nasceu no dia 29 de maio de 1867, na cidade de Aracati, estado do Ceará. Após ter-lhe morrido a mãe, ficando órfão com mais cinco irmãos, foi para a companhia de parentes em Fortaleza. Seis anos depois, em 1883, mudou-se para a casa de seu tio no Rio de Janeiro que o matriculou na antiga Escola da Marinha. Em 1886, saiu a publicação em versos de Vôos Incertos. No mesmo ano, fez uma viagem de instrução aos Estados Unidos.

Em 1887, a 16 de Dezembro, promovido a 2º tenente, publicou Judite e Lágrimas de um Crente, livro de contos. Em 1888, regressa a Fortaleza e envolve-se em rumoroso escândalo, ao raptar a esposa de um alferes. O ministro da Marinha interfere, inutilmente, para pôr fim à situação. Em 1890, Adolfo Caminha, pressionado de todos os lados, se demite e com a mulher e duas filhas segue para o Rio de Janeiro, onde vive como funcionário publico. Em 1891, fundou, em Fortaleza, a Revista Moderna, e colaborou no jornal O Norte.

Em 1893, lançou o romance A Normalista, colaborou na Gazeta de Notícias e em O País. Em 1894, publicou No País dos Ianques, fruto de sua ida, oito anos antes, aos Estados Unidos. Um ano depois, o romance O Bom Crioulo, e Cartas Literárias. Em 1896, ano em que fundou a Nova Revista, publicou Tentação. Atormentado pelas dificuldades econômicas e debilitado pela tuberculose, morre precocemente no dia 1º de janeiro de 1897, na cidade do Rio de Janeiro. Deixou inacabados os romances: Ângelo e O Emigrado.

Fonte: www.culturabrasil.pro.br

18 comentários:

Helô Müller disse...

Há sempre um recomeço...
Sempre tiramos algum proveito da dor, sem dúvida alguma!
Bj meu!
Helô

Anônimo disse...

siempre es un placer leer lo que nos compartes.
un abrazo

Magia da Inês disse...

Olá, amigo!
Há sempre uma luz no fim do túnel...
Boa semana!
Beijinhos.
Itabira
Minas

Sonia Parmigiano disse...

FURTADO QUERIDO!

LINDA A SUA POSTAGEM!!MAIS UM POETA QUE EU DESCONHECIA...BELO VERSO!!!

TE DESEJO UMA ÓTIMA E ABENÇOADA SEMANA!!

GRANDE BEIJO!

REGGINA MOON

M. Nilza disse...

De muito bom gosto seu blog e textos. parabéns! Voltarei
Beijos

Andradarte disse...

Lindos versos....Parece ter visto
uma ressurreição....
Abraço

Everson Russo disse...

Sempre bom sentir essa transformação da vida,,,essa renovação...abraços de otima semana pra ti amigo.

ONG ALERTA disse...

Entendo...a dor ensina e muito,principalmente a do coração beijo Lisette.

Rosane Marega disse...

Que lindo Rosemildo e que paz gostosa ao ler esse poema!
Beijosssssss

Laura disse...

Que coisa mais linda, me passou uma paz!

Bjs!

Antònio Manuel disse...

Caro Amigo Furtado:


Belo texto como sempre Você faz escolhas Magnificas!

Grato pela partilha:

Tenha uma otima Semana Luz e Pàz...


Forte Abraço


Antònìo Manuel

Ira Buscacio disse...

Furtado,

Que belo poema, não conhecia o poeta.

Vc, sempre com posts maravilhosos.

Aprendemos.

Bjs

Anônimo disse...

Boa noite meu amigo querido.
Amei a sua visita.
veja,eu li o poema,lindo demais.
Coincidentemente estou nessa fase,tuudo de bom.
Parabénsssssssssssssssssss.
Beijos mil.

Anônimo disse...

Recomeçar sempre!
Bjs.

Anônimo disse...

"...O riso em vez do pranto dolorido..."
´
Ah... Como o rir nos faz bem não é mesmo? Recomeço risonho iluminado...

Doce Furtado, sempre tão gentil comigo...

Beijos confessos

Paula Figueiredo disse...

Depois da dor, a felicidade cintila mais. O bom de tudo é a gente saber que tudo sempre vai. E aproveitar o que a vida nos traz hoje. Mesmo a dor, mesmo o erro. Sinceramente vivendo podemos sempre aprender. E, assim, fluindo com a essência da vida, a felicidade esquecida retorna resplandecente como se jamais tivera partido. Até quando estou triste estou feliz, pois sei que a oportunidade do hoje é preciosa. Dádiva sem fim.

Não conhecia Adolfo Caminha. Amei. Texto suave e profundo ao mesmo tempo.

Obrigada por compartilhar comigo suas visões a respeito do que lê em meu blog. Adorei a visita! Abraço!

E vamos confiar no SER!

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu querido amigo
Sempre um belo poema, não conhecia este autor, saio sempre daqui a saber mais.

Beijinhos
Sonhadora

Dina a Ciganinha disse...

Rosemildo, senti falta da sua presença, e vim te ver amigo!
Lindo o texto do Caminha,gostei de conhecer a Biografia, inclusive nasci no mesmoo dia que ele!
Não me esqueça amigo!

Seu blog é sum show!

bjs!