terça-feira, 15 de junho de 2010

Sensibilidade.

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SENSIBILIDADE

Vamos. Esquece a nuvem passageira
Que tentou perturbar-nos a quietude.
Não quiseste magoar. Foi brincadeira.
Eu quis suster as lágrimas; não pude.

Às vezes, sem que a gente saiba ou queira,
A própria essência humana nos ilude,
E uma frase espontânea e traiçoeira,
Por ser irrefletida é quase rude...

O próprio amor quando exaltado fala
A uma alma de mulher, pode magoá-la,
Que as mulheres têm alma de cristal.

E às vezes nosso absurdo sentimento,
Faz um pequeno desentendimento
Mais doloroso que uma dor banal.

Anna Amélia

http://www.geneall.net/img/pessoas/pes_1013990.jpg

Anna Amélia de Queiroz Carneiro de Mendonça nasceu no Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto de 1896. Poetisa, tradutora e feminista carioca, teve seus poemas e crônicas publicados pelos mais importantes jornais do país. Atuou em defesa dos direitos das mulheres e nas iniciativas promovidas pela FBPF. Participou da Associação Damas da Cruz Verde que criou a maternidade Pró-Matre. Ajudou a fundar a Casa do Estudante do Brasil e a Associação Brasileira de Estudantes. Foi a primeira mulher membro de um tribunal eleitoral do país. Traduziu poemas do inglês, francês e alemão, inclusive duas peças de William Shakespeare. Foi a fundadora da Casa do Estudante do Brasil (CEB), juntamente com Pascoal Carlos Magno, localizada na Praça Ana Amélia, no Centro do Rio de Janeiro, e foi sua presidente vitalícia até a sua morte em 1971.

Nascida na então Capital Federal brasileira, filha do engenheiro e colecionador José Joaquim de Queiroz Júnior, Anna Amélia passou a infância no interior de Minas Gerais e foi educada por preceptoras brasileiras, inglesas e alemãs. Ao retornar ao Rio, passa a viver com a família na Estrada Nova da Tijuca. Casou-se com Marcos Carneiro de Mendonça, goleiro e historiador. A partir de 1944 o casal passou a residir em um palacete do século 19 no bairro do Cosme Velho, conhecido como "A Casa dos Abacaxis", por conta dos adornos em ferro fundido que ainda hoje decoram a balaustrada das janelas frontais do solar. A mansão foi erguida em 1843 pelo bisavô de Anna Amélia, o comendador Borges da Costa.

Em seu segundo livro "Alma", em 1926, a poetisa introduziu o tema do futebol na poesia brasileira e colaborou a seu modo para difundir e popularizar esse esporte. Ensinava o jogo aos operários da fábrica de seu pai e dava instruções preciosas durante as partidas. Desde muito jovem era entusiasta do esporte: no seu 12º aniversário, pediu aos pais como presente, uma bola, uma botina de sola grossa e começou a treinar.


Anna Amélia e Marcos tiveram três filhos, sendo a mais nova a crítica teatral Bárbara Heliodora.


Fontes: “A Excelência das Boas Maneiras” – Casa Publicadora Brasileira – 3ª edição - 1964 e Wikipédia.

22 comentários:

Anônimo disse...

As Vezes construímos sonhos em cima de grandes pessoas... O tempo passa... e descobrimos que grandes mesmo eram os sonhos e as pessoas pequenas demais para torná-los reais!

Bob Marley

Feliz Noite e beijos meus! M@ria

Dino Calei disse...

é sempre um prazer amigo com grande prazer força a nossa angola.

Hana disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Hana disse...

Querido amigo exclui o comentario que fiz, vou faze-lo em seu e-mail ok, sobre a postagem, desta divina mulher, fiz uma postagem em meu blog sobre antepassados, e chego aki dou de cara com este post belissimo!!
com carinho
Hana

Felina Mulher disse...

A saudade me trouxe ate aki novammente para deliciar-me com a leitura de seus textos...este foi muito bem escolhido.

Saudades de tu moço.


Beijos da FE!

A Torre Mágica | Pedro Antônio de Oliveira disse...

Show de sensibilidade, poesia e informação.

Parabéns.

Um abração.

Pedro Antônio

Anônimo disse...

"E às vezes nosso absurdo sentimento,
Faz um pequeno desentendimento
Mais doloroso que uma dor banal."

Pois não é a mais pura verdade?!
Bjs meu querido.

Everson Russo disse...

Sensibilidade sempre para podermos dar espaço aos sonhos...abraços e paz de Deus pra ti amigo num belo dia em verde e amarelo.

Érica disse...

Tudo muito bonito por aqui.
Parabêns.

Beijos e obrigada por visitar meu espaço, volte sempre que quiser.

Gianna disse...

Ciao Furtado, bacio.

Andri Alba disse...

Hola, no sabes la alegría que me dio leerte en mi blog, para mi ha sido tremendo orgullo. Muchas gracias por eso. Estaré aquí intentando, siempre que pueda corresponder tu gesto y tus palabras.

Un abrazo muy fuerte.

Ps. Hermoso poema el que aquí nos compartes.

Seguimos leyéndonos.

Andri

Sandra Gonçalves disse...

Simplesmente perfeito...
Realmente a alma de uma mulher é como um cristal.
Que pode se quebrar ao menos descuido.
Simplesmente lindo.
To levando pra guardar.
Bjos achocolatados

Achab disse...

Olà Amigo Rosmildo,mui bonita poesia e informacao.
Buona serata.

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu querido amigo
Há sempre beleza nos poemas que escolhe.
Quanta sensibilidade.

Beijinhos
Sonhadora

Wanderley Elian Lima disse...

As vezes,mesmo sem querer e perceber a gente acaba magoando alguém.
Grande abraço

Unknown disse...

Assim somos quando entre momentos impensado magoamos sem querer. Falamos o que não deviamos, esquecemos que o outro sente tanto quanto a gente, palavras ríspidas, que cortam a alma como faca.
Sem equilíbrio tudo sai, tudo salta e quando nos tdamos conta, da burrada feita, aí já é tarde, as vezes as palavras marcam, muito mais do que um tapa.

Lindo verso meu amigo
Excelente escolha como sempre.

Conheces a gorduchinha mais amada do mundo?
Passa lá em casa e veja.

Bjs e feliz noite pra ti

Livinha

Mariana disse...

Muito obrigada pela visita, as vezes acontece comigo tb,não consigo acessar algum blog.
Tu sabes q já sou tua seguidora, obrigada por me seguires.
Sensibilidade é mt importante nas nossas vidas, e falando nisto, Natal é lindo, me encantou, conheci em março, tive a alegria de desfrutar tanta beleza em 8 dias.

Ladybutterfly disse...

Tantas por tantas vezes fomos sensiveis, ao toque, aom som, ao odor, ao olhar,aos sentimentos,e até a nós mesmo... Belo poema lindo... Beijão

Clecilene Carvalho disse...

Há momentos que a boca deixa sair palavras que o nosso coração não diz e ai magoamos sem querer ou ter noção do dano causado.

Saudades.

Lu Nogfer disse...

Ola Furtado!

Poesia super sensível!
Sabe,as vezes acho que sou inteirinha de cristal!A alma entao,nem se fala rs!

Gostei de saber um pouco mais sobre Anna Amélia
Sempre encontro uma bela leitura por aqui!

PS:Assistiu o jogo?Gostou do resultado?rs ai,ai...

Beijos,amigo!

Boa semana!

Anônimo disse...

Poemas maravilhoooooooooosos amado.Parabénsssssss.
Beijokas.

Juliana Apetitto disse...

Pois é, às vezes uma palavra ou atitude impensada, destrói tudo o que um dia acreditamos que era pra sempre.