terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Suave Mari Magno.

http://2.bp.blogspot.com/__1tCZNXdqIc/R5ZUd9NqgQI/AAAAAAAAA3s/-9t0pGIsmi4/s400/giane+-+cadela.jpg

“SUAVE MARI MAGNO”

Lembra-me que, em certo dia,
Na rua, ao sol de verão,
Envenenado morria
Um pobre cão.

Arfava, espumava e ria,
De um riso espúrio e bufão,
Ventre e pernas sacudia
Na convulsão.

Nenhum, nenhum curioso
Passava, sem se deter,
Silencioso,

Junto ao cão que ia morrer,
Como se lhe desse gozo
Ver padecer.

Machado de Assis.
Do livro “Ocidentais”.

10 comentários:

Unknown disse...

Passei aqui por um motivo mais
do que sempre o mesmo rsrss, pra uma
espiadinha curiosa do selinho... puxa
finalmente ele aterrissa em seu destino... Perfeito!
Furtado,
bem verdade o poema, quando sofrimento por envenenamento passam estes animais... os traseuntes param curiosos, pra ve-los agonizantes nada mais, porque enquanto eles na rua nos cerca, buscando um alimento um afago, ninguém sequer atenção presta, mas dá morte... o povo fala mais.
Agora me reponda meu amigo, vc tem ideia do que é ser uma linda mulher?
Passe lá em casa e veja:

Lindo texto, puro e verdadeiro

Mta paz
Livinha

Andresa Ap. Varize de Araujo disse...

Que triste amigo, triste realidade. Infelismente vemos muito isso acontecer, ou maus tratos ou envenamento.... Porque as pessoas pegam animais e abandonam por ai??????????????
Uma criatura que sofre e infelismente nao sabe se defender!

bjs
Andresa

Anônimo disse...

Ai que triste amigo!
Bjs.

Déia disse...

Oi

Adoro a versão do Barão!!
Mas que essa história é triste, ah! isso é! rs

Bj

Pena disse...

Notável Poeta Amigo:
Um poema bem significativo do seu sentir.
Um sentir solidário e imenso. "Imenso"...entende?
Parabéns sinceros.
Nem sempre as coisas ou acontecimentos expressam o seu fabuloso humanismo vivificado na morte sem explicação plausível de um animal que podia ser de uma pessoa que seria o mesmo.
É fabuloso.
Admiro o seu profundo humanismo de imensa significação.
Parabéns sinceros.
Adorei.
Abraço GIGANTE de agradecimento pela sua fantástica intervenção nas injustiças humanas.
Sempre a admirá-lo

pena

Feliz Natal, amigo.
Bem-Haja!
É ENORME de sentimentos numa sensibilidade extraordinária e perfeita.

Anônimo disse...

Triste, real, perfeito...

Quem o teria envenenado? Que prazer é esse "animal" gozar com o padecer...

Beijos confessos...

Valéria lima disse...

Oi Rosemildo, triste realidade, isso é fato!

BeijooO

Mariana Silveira disse...

Oun que fofo *__*
AMO cachorrinhos >.<
Sabe.. é inegável o quanto tu gostas de Machado de assiss rs..
Esse poema, particularmente, achei forte.
;s

um grande abraço.

Mara faturi disse...

Ahhh Machado; belo e triste, como a vida...
grande abraço!

Anônimo disse...

Boa noite meu querido...
Linda postagem porém muito triste.
Um beijo grande.