segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Onze anos de saudade.

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ONZE ANOS DE SAUDADE

É impressionante como o tempo passa rápido. Fatos ocorridos já há tanto tempo e parece que foi ontem. Existem acontecimentos que realmente marcam a vida da gente. Os bons; aqueles gratificantes que somente nos proporcionam momentos de alegrias e que vale a pena relembrá-los. E os ruins; aqueles lamentáveis, que, além de nos proporcionar momentos desagradáveis, de tristezas, angústias, e dor, deixam-nos um vazio inimaginável e impreenchível.

Hoje, 19-10-2009, as 03:00 horas da madrugada, coincidentemente segunda-feira e Dia dos Comerciários em Recife, completou exatamente onze anos que perdi uma parte de mim. Perdi o que de mais valioso o nosso bom “DEUS” havia me dado; a senhora D. Adelaide, minha adorável e inesquecível “MÃE”. Que “DEUS” a tenha em seus braços, a abençoe e ilumine toda a sua trajetória.

Como homenagem ao seu aniversário de falecimento, e para que os amigos saibam um pouco do que foi a minha prenda máxima, estou repetindo a postagem de um artigo que escrevi logo após o funesto acontecimento, postado recentemente, em 14/12/2008.

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TRISTE DESPEDIDA

Segunda feira, 19-10-98. Como sempre, minha mulher me desperta as 06:00 horas para ir ao trabalho. Só que dessa vez foi diferente, falei pra ela que não iria trabalhar, pois era dia dos Comerciários e, ela por sua vez me disse: levanta-te e vai à casa da tua mãe! Ela viajou! Está com “DEUS”! Com a notícia senti uma profunda dor no coração, foi como se tivesse sido vítima de uma forte punhalada.

Dona Adelaide, 90 anos de idade, heroína, firme, forte, sempre disposta a enfrentar a labuta diária em favor do bem estar do seu rebanho. Nunca reclamou de nada, nem deixou transparecer nenhum sinal de fraqueza. Seu único objetivo era, nada mais, nada menos, oferecer o que de melhor, não somente aos seus, como também as pessoas que dela necessitavam. Sempre carinhosa e conselheira, apesar de suas condições humilde e semi-analfabeta, vivia em constante preocupação com os problemas, quer fossem dos parentes, amigos, ou mesmo de problemas que chegavam ao seu conhecimento, de pessoas desconhecidas. Costureira, mãe de oito filhos, logo cedo foi forçada a conciliar a costura com o trabalho numa fábrica de cobertores, a fim de aumentar a renda familiar, trabalhando das 07:00 as 17:00 horas na fábrica e das 18:00 as 23:00 horas na máquina de costura. Acometida da Ação Degenerativa do Sistema Nervoso, ficou acamada durante mais ou menos quatro anos, não sei se vivendo ou vegetando, até que, vítima de uma infecção respiratória, partiu para o outro mundo – com certeza bem melhor que este -, abrindo assim, uma profunda e impreenchível lacuna, no coração daqueles que a amavam.

Em nome de todos, filhos, sobrinhos, genros, noras, netos, bisnetos e parentes de um modo geral, resta-me rogar ao nosso mestre supremo que a proteja e a tenha num lugar de muita paz, como também, agradecer a todos, indistintamente, que nesta hora tão difícil, partilharam do nosso sofrimento, confortando-nos com palavras de consolo e carinho, num grandioso gesto de fé e solidariedade cristã.

Que “DEUS” nos abençoe e tenha piedade de nós.

Rosemildo Sales Furtado
Torreão-Recife.

PS – Tem uma atitude importante tomada por D. Adelaide no início do artigo intitulado “Dizes-me com quem andas que te direi quem és”, postado no dia 30/11/2008, sob o marcador Meus artigos. Vale a pena conferir!

14 comentários:

ETERNA APAIXONADA disse...

Furtado

Deixo seu blog emocionada e feliz em te ler!
Um sentimento exposto do maior grau do amor, partilhado, sentido, inesquecível!
Que bom ter chegado cedinho e me inspirado em suas palavras dedicadas à sua mãezinha!
Fique com Deus e saiba que ela o está acompanhando como sempre!
Beijos com minha amizade.
Helô Spitali

Unknown disse...

Beijinho de consolo , amigo !

Andresa Ap. Varize de Araujo disse...

Querido amigo,

Infelismente todos nós temos que passar por essa dura situação. Nada facil, de muita tristeza e saudade.
Eu ainda tenho minha querida mâe, mas so de pensar a dor ja é imensa.
Mas tenho uma certeza : sua mãe ainda vive em seu coraçao e viverá para sempre....
Em eternas lembranças de carinho e amor.

Um grande beijo amigo
Andresa

Anônimo disse...

Peço desculpa por ter entrado no seu " Cantinho", e ler a terna homenagem que fez a sua mãe.

Com o coração embargo de emoção, aqui deixo minha palavra de conforto, porque infelizmente já passei por essa dor tremenda...

A partida da minha mãe não estava anunciada... voou nas asas de um Anjo no amanhecer do dia 24 de Outubro de 1996.

PS: Nada é por acaso, habitualmente, escrevo poesia e a coloco tb no site LUSOPOEMAS...há 15 minutos, tinha colocado um soneto dirigido a minha mãe.

Paz as suas almas e que elas estejam cheias de luz.

Beijo.

Renato Baptista disse...

Furtado meu amigo...

Visitando a sua casa e deixando o meu abraço*.
Uma linda homenagem à senhora sua mãe, que com certeza está olhando por você e todos em casa.
Que Deus proteja todos vocês meu amigo.
Fica aqui o convite para que você visite www.casadapoesia.ning.com e se quiser, cadastre-se lá.

Renato Baptista

chica disse...

Um texto emocionante e mesmo após 11 anos, a saudade fica marcada, bem forte em ti. abração e fica bem,chica

Helô Müller disse...

Pois é amigo... só quem já perdeu a sua, é que tem a real dimensão do vazio impreenchível que fica em nossas vidas. O amor em nossos corações continua o mesmo e será eterno até o final de nossos dias, assim como a saudade...
Perdi a minha, em maio próximo passado, e sei o quanto dói...
Nossas eternas homenagens a elas!!
Beijos
Helô

Unknown disse...

Meu amigo, esta saudade que tão linda amarga,
deveras jamais se ameniza,
quanto mais o tempo corre,
mas ainda fragiliza, pois que grande é a intensidade com que nos deixamos por conta dela...
Sinto a falta de minha mãezinha, mas o que me conforta é saber que jamais se encontra distante de mim, como outra saudade mais, que nem me faz bem falar... Mas um dia, haveremos de matar esta saudade que a gente pensa que quer nos matar....
Hoje é dia do Poeta, pelas bençãos maravilhosa com que nos sentimos aplaudidos pela sensibilidade de ser. Aqui deixo o meu abraço apertado, um carinho dobrado pelas tuas poesias, pelas alegrias de seres Poeta com a minha total admiração... Parabéns meu irmão e Deus continue te abençoando em tuas inspirações....
Obrigada pelas teus comentarios hilarios, revoltantes, porem relaxantes de se ler...
Mta paz pra vc e o seus...

Bjsss
Livinha

Anônimo disse...

Linda homenagem meu amigo!
Bjs.

AFRICA EM POESIA disse...

Meu Amigo Neste dia esoecial e dorido para ti deixo-te também omeu sofrer... Beijos


MÃE

Queria falar-te
Queria dizer-te tanto...
Mas nada te digo...
E sei que lá...
Onde estiveres...
Sentes as saudades...
E o quanto te quero....

Hoje é o dia da Mãe...
Para mim, sinto-o todos os dias...
Todos os dias me faltas...
E todos os dias te sinto...

Sei que me olhas...
Sei que me vês...
Sei que me queres...
Sei que me proteges...

Neste dia diferente...
Estou aqui...
A mandar-te um beijo...
E a dizer-te ...
As saudades que tenho...


LILI Laranjo
__________________

Déia disse...

Ai que tristeza!

Imagino essa dor... como algo que seja muito difícil de passar!

Meus ombros estão a disposição!

beijos carinhosos

Ladybutterfly disse...

Olá amigo! As pessoas que amamos verdadeiramente, aquelas que não nos same da mente nem do coração, essas jamais morrem para nós!! és especial amigo!! continua assim! beijo bom

Anônimo disse...

Furtado querido...

A benção maior de nossas vidas são as mães, mulheres dedicadas, mulheres de fibra...
Seu texto declara o amor de um filho o qual a mãe, tenho certeza, além de amar intensamente sempre teve muito orgulho.

Beijos emocionados...

Bruna Furtado disse...

Infelizmente não lembro muito dela, mas é com muita emoção que aqui fico. Sei que não é fácil sentir a dor de perder uma mãe.

Lindas palavras vovô

Te amo
Saudade gigante
:/